Exportações de carne suína e bovina em bom ritmo devem continuar puxando para cima o preço do frango, diz Itaú BBA
Segundo relatório do banco Itaú BBA, divulgado nesta terça-feira (4), o bom cenário para o mercado das carnes, de maneira geral, impulsionado pelas exportações de carne bovina e suína, deve continuar dando suporte à recuperação dos preços do frango.
Conforme aponta o documento, "a relação dianteiro bovino/frango, em nível recorde histórico (3,0) em maio a favor do dianteiro, contra uma média de 2,2 nos últimos três anos,recuou para 2,8 em julho, mas ainda assim a ave segue bastante competitiva".
Os analistas do banco explicam no levantamento que o relatório de carne de frango do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) na China estimou crescimento menor na produção de aves chinesa em 2021, de 8% em 2020 para 3%, em função da melhora esperada da produção de carne suína.
Já as importações da proteína por parte do gigante asiático devem cair 16%,embora ainda seja mais que o dobro do período antes da crise com a Peste Suína Africana, que atingiu a China em cheio em meados de 2018.
"O Brasil respondeu por 62% da importação chinesa de carne de frango até maio deste ano, enquanto os Estados Unidos, reaberto em nov/19, e que tem enviado volumes crescentes, representou 6%", informou o relatório.
Para o Itaú BBA, as exportações de carne de frango do Brasil para a China agora enfrentam a concorrência americana, mas a vantagem é que a concentração da exportação brasileira no destino é
bem menor no caso do frango in natura (22% para Hong Kong), em relação às carnessuína (69% para Hong Kong) e bovina (60% para Hong Kong), mas mesmo na ave o maior crescimento é o do mercado chinês.
Apesar das previsões do banco, os analistas deixam claro no relatório que há a sinalização de aumento na produção de carne de frango no Brasil, devido à melhora nos preços e boas expectativas para este segundo semestre, então é necessário cautela para não sobrecarregar o mercado interno.