Mercado independente de suínos tem semana com estabilidade ou altas nos preços nas praças produtoras
As negociações no mercado independente de suínos nesta semana apresentaram altas em algumas praças e estabilidade em outras. As lideranças no setor concordam que as exportações vêm puxando o ritmo de subida dos valores, mas no caso da comercialização com pequenos e médios frigoríficos que atendem somente o mercado interno, altas podem estar próximas de um limite.
Nesta quinta-feira (20), a bolsa de suínos da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) não conseguiu fechar negociação com os frigoríficos durante a reunião. Entretanto, ao longo do dia, suinocultores de São Paulo conseguiram realizar comercializações a R$ 7,73/kg, valor superior aos R$ 7,31/kg da semana anterior.
Em Minas Gerais, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, não houve alteração no preço, sendo negociado junto aos frigoríficos a quantia de R$ 7,80/kg, igual à semana passada.
Segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, "o comércio de suínos no Estado está estável com mercado firme.
Na plataforma de dados a idade dos animais se mantém baixa como no final de ano, o que garante a oferta controlada".
Santa Catarina obteve aumento na negociação nesta quinta-feira (20), passando de R$ 6,95 para R$ 7,23/kg. O Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que a alta foi motivada pela busca intensa por parte dos friforíficos por novos lotes para abate, apontando as exportações como diferencial.
"Outro ponto é em relação ao peso dos suínos que continua baixo. Suinocultores estão vendendo, aproveitando o preço bom e os custos de produção altos, aproveitando para se capitalizar. Acredito que os preços devem seguir em ascenção", disse.
O valor do suíno vivo no mercado independente gaúcho passou de R$ 6,51/kg para R$ 6,71/kg, conforme conta o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador. Para ele, o mercado segue demandando em ritmo normal, e a oferta de animais está restrita.
"Eu acredito que talvez tenha ainda algum espaço para um pequeno reajuste, mas não muito mais porque a pequena e média indústria que abastece mercado interno não tem como suportar mais muitos aumentos", afirmou.
A alta nos preços em São Paulo e em Minas Gerais nas últimas semanas vem se refletindo no Mato Grosso, de acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa, passando de R$ 5,62/kg para R$ 5,80/kg.
"Acredito que esse aumento esteja acontecendo de forma mais lenta que o habitual, devido às vendas um pouco mais fracas no mercado interno. Aqui deveria estar R$ 6,30/kg. Se você olhar o histórico das últimas semanas, está subindo R$ 0,20 centavos semana a semana, e acreditamos que deva chegar aos R$6/kg na próxima".