Suíno no mercado independente continua com preços sustentados

Publicado em 10/09/2020 16:33
Lideranças do setor apontam que ainda há espaço para mais valorizações na próxima semana, devido aos altos custos de produção e às exportações aquecidas

Se há algumas semanas as principais lideranças da suinocultura pensavam não haver mais espaço para valorizações nos preços do suíno no mercado independente, as consistentes valorizações ou manutenções nos valores em patamares altos têm provado o contrário. Presidentes de associações da área apontam a continuidade do ritmo aquecido das exportações, que têm aumentado a demanda por lotes para abate, como uma das razões para as altas. Outro fator é o custo de produção em patamar alto e que precisa ser repassado. 

Nesta quinta-feira (10), a Bolsa de Suínos da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) fechou com preço estável de R$ 8/kg do animal vivo. 

Da mesma forma, a bolsa da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), negociou os animais nesta quinta-feira com o mesmo valor da semana anterior, R$ 8,20/kg. O consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, o mercado de suínos mineiro é estável, porém muito firme.

 

"Foi uma bolsa rápida porque havia concordância entre as partes que o cenário é de estabilidade. Os fundamentos não devem sofrer alterações", disse.

Santa Catarina, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, teve alta no preço, passando de R$ 7,61/kg para R$ 7,81/kg. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que houve surpresa, já que se esperava um aumento mais tímido. 

"A gente vê várias notícias ruins no mundo, e os olhares se voltam para o mercado brasileiro, por isso as indústrias vêm com mais força buscando o mercado independente, e tem também o mercado interno se recuperando. Acreditamos que no final do ano ainda deva haver sustentação nos preços", afirmou. 

O aumento do preço do suíno independente no Mato Grosso foi de R$ 0,20, chegando a R$ 6,40/kg, conforme disse o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa. 

"Não há animais represados e a procura segue forte. Ainda há espaço para aumentar um pouco mais o preço, e acredito que para a próxima semana deva chegar perto de R$ 6,50, R$ 6,60 o quilo". 

O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acrismat), Valdecir Folador, conta que o valor do animal no mercado independente passou de R$ 7,01 para R$ 7,12 o quilo.

"Todo mundo está querendo suíno a rodo, e a oferta está limitada. Vejo que essa semana deve aumentar mais um pouco, em torno de R$ 0,10 a R$ 0,15 centavos. A exportação é que está comandando esses preços atuais do quilo do suíno vivo, e o custo de produção acima da casa dos R$ 5/kg. Já se fala em milho no RRio Grande do Sul em R$ 65 a R$ 68 a saca posto, farelo acima de R$ 2.100 a tonelada, aí isso precisa ser repassado". 

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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