Crescimento das exportações de carne suína da UE deve desacelerar após surto de doença na Alemanha

Publicado em 05/10/2020 14:52

O crescimento nas exportações de carne suína da União Europeia vai desacelerar significativamente, já que a Alemanha enfrenta restrições comerciais após surto de peste suína e suspensão de contratos de demanda chinesa, previu o executivo da UE nesta segunda-feira (5).

A Alemanha, o maior produtor de carne suína da UE, foi impedida de comercializar com os principais países importadores, incluindo China e Coréia do Sul, depois que o primeiro caso de peste suína africana (PSA) foi detectado em um javali no mês passado. Até a tarde desta segunda-feira, o país contabiliza 49 casos da doença em javalis selvagens.

Após um aumento de 15% no primeiro semestre do ano, incluindo uma duplicação dos volumes para a China, as exportações de carne suína da UE deveriam aumentar apenas 2% em 2020, disse a Comissão em um relatório de curto prazo agrícola.

Em suas previsões anteriores em julho, a Comissão previu um aumento de 10% nos embarques de carne de porco para o ano inteiro.

“A evolução das exportações da UE dependerá da capacidade da Alemanha de conter a doença”, disse a Comissão em suas últimas previsões, acrescentando que Dinamarca, Espanha e Holanda “podem preencher parcialmente lacunas no fornecimento para os mercados da China e da Ásia”.

Para o próximo ano, projeta uma queda de 10% nas exportações, em parte devido a uma contração esperada na demanda chinesa conforme o país reconstrói seu próprio rebanho suíno que foi dizimado pela PSA.

“O crescimento das exportações não teria continuado mesmo sem um surto de PSA na Alemanha”, disse o documento.

Para a produção de carne suína da UE, a previsão é de uma queda de 0,5% neste ano, em comparação com a previsão anterior de um aumento de 0,5%.

Esperava-se que o surto de PSA na Alemanha diminuísse a recuperação da produção no terceiro trimestre, quando a demanda do consumidor se recuperou após medidas de bloqueio anteriores para conter o novo coronavírus.

“Qualquer aumento de produção no quarto trimestre deve vir apenas da Espanha, Dinamarca e Irlanda, que expandiram seus rebanhos, incluindo porcas reprodutoras, em 2019”, disse a Comissão.

Para o próximo ano, a previsão é de queda de 1% na produção de carne suína da UE.

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Fonte:
Reuters

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