Mercado independente de suínos com alta nos preços devido a demanda aquecida e e oferta enxuta de animais para abate

Publicado em 15/10/2020 15:38
Segundo lideranças do setor, último trimestre do ano é um período no qual demanda interna e externa aumenta, e ainda há espaço para mais altas

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Se há cerca de um mês, com altas expressivas no mercado independente de suínos, as lideranças do setor pensavam que os valores haviam chegado a um teto aceitável pelo mercado, nesta semana mais aumentos vieram durante as negociações entre frigoríficos e suinocultores. A explicação para as altas é a oferta limitada de animais para abate e o aumento na demanda interna e externa no último trimestre do ano. Os custos de produção, principalmente milho e farelo de soja, também ajudaram a puxar os preços.

Em São Paulo, nesta quinta-feira (15), o preço do quilo do suíno no mercado independente passou de R$ 8,53/kg para R$ 9,07/kg. Segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, nas próximas semanas o preços devem continuar se realinhando pra cima, devido a menor oferta de animais vivos coincidindo com o melhor momento dos volumes das exportações.

"Temos fatores combinados que contribuíram para essa alta: a diminuição da oferta de animais nesta semana e os frigoríficos conseguindo repassar ao varejo o aumento do preço da carcaça suína. Entretanto, esse aumento, apesar de bom, apenas corrigiu o avanço do preço do milho", explicou.

Minas Gerais, que também negocia os animais no mercado independente Às quintas-feiras, viu o preço aumentar de R$ 8,50/kg para R$ 9,00/kg, conforme conta o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles. "Temos o produtor em uma condição privilegiada na comercialização, uma demanda interna aquecida e uma demanda externa superaquecida", disse.

Nesta quinta-feira, a negociação entre frigoríficos e produtores em Santa Catarina também terminou em aumento, passando de R$ 8,12/kg para R$ 8,42/kg. Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), afirma que a procura por parte da indústria por animais para abate continua alta, com as exportações fazendo a diferença, mas sem descartar a importância da demanda interna mais aquecida por causa das festividades de final de ano mais próximas.

Houve aumento também no Rio Grande do Sul, saindo de R$ 7,55/kg para R$ 7,76/kg. O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, conta que essa proporção de aumento foi surpreendente, já que o esperado era um valor mais modesto. 

"Achávamos que os preços já estavam no limite, mas a demanda por parte da indústria está cada vez mais forte. Acredito que ainda haja uma janela para que os preços aumentem, talvez não de forma expressiva toda semana, mas ainda assim, acredito em novos reajustes".

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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