Preços no mercado independente de suínos sustentados e com altas, mesmo no final do mês

Publicado em 29/10/2020 15:52
Expectativa das lideranças do setor é de que nas próximas semanas ainda deva haver mais reajustes positivos, com exportações aquecidas e frigoríficos fazendo estoques para festas de final de ano

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Mesmo o mês de outubro estando no final, os preços do suíno no mercado independente continuam firmes, estáveis ou com aumento. As principais lideranças do setor atribuem o atual cenário às exportações aquecidas e com a movimentação dos frigoríficos preparando estoques para as festividades de final de ano. 

Em São Paulo, na negociação da bolsa de suínos nesta quinta-feira (29), o preço ficou estável em R$ 9,60/kg vivo. Segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, "a manutenção foi forçada pelos frigoríficos, que alegam dificuldade em repassar novos preços para o consumidor, e acharam porudente dar espaço de pelo menos uma semana para que eles possam colocar o produto com maior facilidde no mercado". 

"Na semana que vem deve haver novos reajustes, baseados principalmente na questão do custo de produção. O preço do suíno subiu nos últimos 60 dias 20% nominalmente, enquanto no mesmo período, o valor da saca de milho aumentou 36,9%. Em algum momento essas duas forças vão ter que entrar em equilíbrio", disse.

Minas Gerais, que também negocia os suínos no mercado independente às quintas-feiras, teve como resultado da negociação da bolsa o mesmo valor da semana passada, R$ 9,50/kg vivo. O condultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, explica que, apesar dos frigoríficos alegarem que as vendas estão fracas, a realidade dos estoques de animais disponíveis para as vendas imediata, na mesma plataforma, mostra que estas estão boas.

"O mercado de suínos no estado é estável, porém firme e a prudência de final de mês pesou na decisão de manutenção", afirmou.

O preço do quilo do suíno vivo em Santa Catrarina passou de R$ 9,00/kg para R$ 9,46/kg vivo nesta quinta-feira (29). Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, a procura de novos lotes para abate continuam altas, tanto para grandes quanto para os pequenos frigoríficos. 

"Acredito que os preços devam continuar subindo, tanto pela demanda interna sazonal quanto por causa das exportações em bom ritmo. Mas o que continua preocupando e tirando o sono do suinocultor são os altos custos de produção, não só pelo preço, mas pela possibilidade de haver escassez milho e farelo de soja", contou.

Houve alta também no Rio Grande do Sul, onde o quilo do supino vivo no mercado independente saltou de R$ 8,20/kg para R$ 8,69/kg. Valdeci Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), afirma que isso é sinal de mercado auqecido e oferta ajustada, e com expectativa de que logo o preço chegue na casa dos R$ 9,00/kg.

"O fator principal continua sendo a forte demanda de exportações, que não afrouxa, e a produção muito ajustada, que está dentro de um limite. Há um bom consumo no mercado interno, ajudado pelo auxílio emergencial. A arroba do boi também é um fator que ajuda a puxar a demanda pela carne suína. Por outro lado não tem como fugir desses preços por causa dos custos de produção. Milho para chegar aqui não sai por menos de R$ 90 reais/sc, o farelo em torno de R$ 2.650 a tonelada", disse. 

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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