Trigo: Comportamento semanal do mercado nacional
Grosso modo temos preços de atacado paranaense a R$ 440/ton em Cascavel, R$ 466/ton Ponta Grossa, R$ 420/ton Guarapuava e R$ 450/ton o pouco trigo disponível em Curitiba, mesma cotação dos lotes restantes no Norte do Estado, preços mais altos ou mais baixos variam em função da qualidade dos lotes. No Rio Grande do Sul o excesso de oferta faz com que haja a variação entre as fontes consultadas para R$ 400 a 440/ton, alguma oferta no interior a R$ 410/ton. CIF São Paulo negócios a R$ 525/ton trigo de qualidade intermediária.
A paridade de importação do trigo passa a ser mais vantajosa ao trigo nacional posto em São Paulo por exemplo, função das últimas altas no trigo argentino e uruguaio (paridade de importação você vê em https://www.afnews.com.br/noticia.php?id=80907 ). Os leilões de PEP, a cada momento que passa tem menor potencial de resultado já que grandes países consumidores se abasteceram fortemente e podem fazer com que o trigo nacional, sobretudo os melhores lotes gaúchos sirvam de opção aos moinhos que desejam moer farinhas mais nobres. Conversas esta semana com agentes de mercado da Conab afirmavam trâmites para volta dos leilões em no máximo uma semana a partir de hoje e da intervenção mais maciça por meio de AGFs no Rio Grande do Sul e Paraná. As irregularidades seguem sendo apuradas, porém punem toda a cadeia produtiva.
O mercado de importação aparenta estar bem aquecido com boa movimentação de embarques de trigo argentino com destino ao Brasil, relatos de traders dão conta de que alguns moinhos foram pegos desprevenidos com as últimas altas, portanto a fraqueza de fundamentos do trigo nas bolsas internacionais e grande oferta de trigo argentino devem trazer volatilidade às cotações nos próximos meses.