Arroz: Preços ao consumidor voltam ao patamar de 2008 a 2010

Publicado em 10/09/2012 18:26 e atualizado em 11/09/2012 08:42
Nos últimos dias segmentos da cadeia produtiva e de mercado têm utilizado como argumento para tentar baixar as cotações do arroz ao produtor uma alta significativa dos preços ao consumidor em 2012. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), a bem da verdade, contesta com dados estes argumentos. Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 17 capitais brasileiras, mostra que os preços ao consumidor até julho de 2012 não são maiores do que aqueles praticados entre 2008 e 2010.

 “Contestamos a informação de que o arroz é um dos vilões da inflação”, destaca o vice-presidente da Federarroz na Planície Costeira Interna, Daire Coutinho. Segundo ele, os preços médios do arroz levantados pelo Dieese no mês de julho de 2012, alcançam o valor de R$ 1,96/kg, mesma média praticada entre janeiro de 2008 e dezembro de 2010, em valores nominais. “O que acontece aos preços do arroz é simplesmente a recuperação de preços aos níveis anteriores àqueles praticados no ano de 2011, que pelos prejuízos causados ao produtor, deve ser esquecido pelo setor agrícola”, argumenta.

“Desta análise, se depreende que o consumidor e outros segmentos se beneficiaram de preços abaixo dos custos de produção, que causou prejuízos e falta de renda a toda a classe produtora, baixa essa praticada por um mercado muito ofertado devido a uma safra abundante, agravado pelas importações. Agora as cotações têm um realinhamento natural pela estabilização da oferta. E os valores estão nominalmente equilibrados com os do passado, e desconsiderando a inflação do período”, explica Daire Coutinho.

Para o presidente da Federarroz, Renato Rocha, falta uma base de argumentos àqueles que defendem ações de oferta de arroz dos estoques públicos no mercado para baixar preços, usando como escudo aos seus interesses, os preços ao consumidor. “O Dieese mostra que o preço do arroz em julho era o mesmo de dois anos atrás. O governo precisa ver isso”, afirma.

Para Renato Rocha, a tendência é de que os preços médios se mantenham firmes, apesar de uma pequena interferência do governo federal ofertando pequenos volumes de estoques mais antigos. “Isso não está afetando os preços e ajuda a liberar armazéns para a próxima safra. O que não pode é ampliar demais a oferta, pois é um tiro no pé. Sem renda, o produtor recorre ao governo para resolver os problemas do setor”, acrescenta.

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Fonte:
Federarroz

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