Conab prevê redução nas áreas de feijão primeira safra no país

Publicado em 09/10/2012 14:55
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou nesta terça-feira (9) o primeiro levantamento de intenção de plantio da safra 2012/2013. De acordo com a pesquisa, as principais regiões produtoras de feijão primeira safra devem reduzir a área de cultivo em 2012/2013, que deverá ficar entre 1,17 milhão e 1,19 milhão de hectares. Os números divulgados pela companhia representam uma queda entre 6% e 3,9%, em comparação com a safra 2011/2012. No entanto, o Governo diz que a existência de uma segunda e terceira safra ainda pode produzir o suficiente para evitar um choque de preços. 

De acordo com o analista de mercado da Correpar, Marcelo Lüders, essa queda é decorrente da migração dos produtores de feijão, principalmente no sudoeste e no centro do Paraná, para o plantio da soja e do milho, devido aos altos preços dessas culturas no mercado interno e internacional. 

O analista ainda destaca que, atualmente o mercado brasileiro vive uma situação de desabastecimento, haja vista que a oferta não é suficiente para atender a demanda. O mercado precisa de 3,3 milhões de sacas de feijão carioca por mês, enquanto a oferta é de 2,9 milhões de toneladas. 

“O consumo per capita está crescendo e deve voltar a 18 quilos por habitante/ano, e estudos afirmam que o número pode chegar a algo entre 21 e 22 quilos até 2020. E a tendência é, que em 2013, esse quadro se mantenha, a oferta permanecerá menor do que a demanda, e os preços devem ficar acima da média histórica”, explicou Lüders. 

A Conab sinaliza que as chuvas registradas na região Centro-Sul beneficiam as áreas que já foram semeadas, uma vez que traz umidade necessária para o preparo do solo e plantio. As previsões climáticas para a localidade indicam que as chuvas serão regulares a partir de outubro o que deve favorecer o desenvolvimento das lavouras. 

Ainda de acordo com a Conab, cerca de 41% da safra do feijão primeira safra é plantada na região Sul do país, especialmente no estado do Paraná. Já na região Sudeste esse percentual é de 34,6%, principalmente em Minas Gerais e São Paulo. Na região Centro-Oeste o número é de 15,1%, destacando Goiás, e na região Nordeste é de 8,9% com destaque para o estado da Bahia.
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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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