Grãos: Pós quebra nos EUA, mundo mira o Brasil
Publicado em 16/10/2012 13:56
Com duas incursões ao Corn Belt, a Expedição 2012/13 analisa o quadro de abastecimento mundial e destaca as oportunidades de produção e exportação do agronegócio brasileiro.
Com perdas acima de 110 milhões de toneladas de grãos, os Estados Unidos abrem espaço para consolidação do Brasil no mercado internacional. Em 2012, os portos brasileiros devem embarcar recordes 35 milhões de toneladas de soja e surpreendentes 17 milhões de toneladas de milho. O país confirma sua posição de maior exportador e assume, pela primeira vez, o ranking de maior produtor da oleaginosa.
No cereal, o Brasil conquista a segunda colocação nas exportações, atrás dos EUA e à frente da Argentina. Com a redução das exportações argentinas, também atingidas pela seca, o Brasil deve assumir a vice-liderança na comercialização do milho. Só neste ano o país deverá embarcar, inclusive para os Estados Unidos, mais de 17 milhões de toneladas do grão, com um expressivo crescimento de 85% com relação ao ano passado.
As informações são da Expedição Safra, que após um roteiro de uma semana e quase dois mil quilômetros pelas lavouras norte-americanas, mostra a quebra histórica e seus reflexos no abastecimento mundial. O verão mais seco das últimas décadas nos EUA, a maior região produtora de grãos do mundo, leva o Brasil a se firmar definitivamente como um dos principais players no mercado internacional de commodities agrícolas. “Mesmo com as perdas sofridas no último verão, em 2012 o Brasil deve ocupar o espaço deixado pela Argentina e EUA, seus principais concorrentes no mercado internacional”, afirma Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra.
Já em 2013, a soja deverá dar um novo salto. Estimativa preliminar da Expedição Safra aponta que deverá ocorrer um aumento de 10% no plantio e um incremento de 11% na produtividade média. Os produtores brasileiros devem semear 27,5 milhões de hectares nessa safra e, com clima normal, o país terá potencial para produzir 81 milhões de toneladas da oleaginosa. Dessa produção, 48% ou 39 milhões de toneladas, devem seguir para o mercado externo.
Dos EUA ao Brasil – Na temporada atual a Expedição Safra acompanhou a colheita da safra norte-americana de agosto a outubro, com duas incursões ao Corn Belt. Nos dois roteiros os técnicos e jornalistas consultaram produtores, entidades de representação do setor, traders e outros agentes públicos e privados da cadeia produtiva. Na próxima semana, as equipes da Expedição iniciam o levantamento em território brasileiro. O roteiro nacional, desenvolvido do plantio à colheita, somará mais de 50 mil quilômetros e passará por 13 estados. Pautada pela temática da logística, a edição deste ano irá traçar o mapa do escoamento da produção de grãos no Brasil. O projeto também avança novas fronteiras. Depois de consolidar o roteiro pela América do Sul e do Norte, percorrer Europa e China, a incursão à Índia será uma das principais novidades.
Sobre a Expedição Safra
Na estrada desde o ciclo 2006/07, a Expedição Safra realiza um levantamento técnico-jornalístico da produção de grãos da América do Sul à América do Norte. A sondagem periódica ocorre em 13 estados brasileiros, mais as regiões produtoras dos Estados Unidos, Paraguai e Argentina. Para ampliar a discussão de mercado, nas últimas duas safras os técnicos e jornalistas ampliaram o trabalho de campo com incursões à Europa (Alemanha, Holanda, Bélgica e França) e China. E nesta temporada desembarca na Índia. Desenvolvida pela Gazeta do Povo, do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), na edição 2021/13 a Expedição conta com apoio técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Toyota, com patrocínio do grupo Ceagro/LosGrobo, Governo do Paraná, New Holland, Caixa, UPL/DVA, Intacta RR2 PRO e Seara.
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Fonte:
Expedição Safra
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