Trigo RS: Clima atrapalha evolução no plantio
Trigo – O plantio não evoluiu de maneira satisfatória durante a semana, segundo os agricultores. A inconstância do tempo, alterando períodos longos de alta umidade, tem prejudicado o andamento do processo. Em âmbito estadual, o percentual chega a 12% do total projetado, o mesmo percentual verificado na safra passada nesta mesma época, que, aliás, apresentava as mesmas condições climáticas registradas atualmente, com dias muito úmidos e chuvosos.
Na média estadual, o percentual deveria ser de 25%. Na região de Santa Rosa, uma das maiores produtoras, onde o percentual de área plantada chegou a 11% nesta semana, os agricultores estão preocupados com o atraso e esperam entrar nas lavouras assim que o tempo melhorar. Em algumas situações os agricultores arriscaram realizar o plantio, mesmo com o solo bastante encharcado, ocasionando um plantio de pouca qualidade, que poderá dificultar uma melhor germinação.
Em algumas propriedades, onde a atividade leiteira também é executada, os produtores estão plantando trigo duplo propósito, que foi plantado antecipadamente, mas só agora seu desenvolvimento começa a apresentar boas condições. Segundo técnicos, verifica-se uma tendência de aumentar as áreas com esta variedade que, nos últimos anos, vem apresentando bons resultados.
Já na região de Passo Fundo (Planalto), onde o plantio se realiza mais tarde, os triticultores estão realizando pedidos e reservas de insumos, elaborando projetos técnicos de custeios junto aos escritórios da Emater/RS-Ascar e firmas de planejamento agrícola, com vistas a conseguir recursos, junto aos agentes financeiros, para o custeio das lavouras. Os trabalhos no momento se concentram, quando a umidade permite, na dessecação das áreas onde será implantado o trigo. Como atitude cautelar, visando escapar das geadas de início de setembro, os triticultores planejam iniciar o plantio após o dia 15 de junho, concentrando a semeadura na segunda quinzena de junho, ou mesmo no início de julho.
Nesse sentido, o mapa abaixo é explicativo em relação ao zoneamento agroclimático, onde se observam as várias épocas possíveis de semeadura, dentro de um período que inicia em 1º de maio e finaliza em 31 de julho no RS.
Em termos de cotação, a saca de 60 kg do produto teve pequena desvalorização (-0,65%), ficando na média estadual a R$ 33,42.
Feijão - A segunda safra do Estado encontra-se em fase de colheita, com evolução heterogênea nas regiões, em razão do zoneamento agroclimático. As regiões que ainda estão em ritmo de colheita mais forte são a do Planalto, a Nordeste e a área Central do RS, sendo esta última a que deverá concluir por último. Em nível de Estado, a colheita atingiu esta semana 84% da área da lavoura, com boas produtividades e mantendo muito bom padrão comercial. Os preços mantiveram tendência de queda e voltaram a enfraquecer neste último período em decorrência da oferta concentrada e também pelo mercado estar sendo abastecido por feijão importado de outras nacionalidades.
A cotação da saca de feijão preto na média do Estado foi de R$ 121,27, caindo mais 3,29% em relação à semana anterior.
Leia o boletim na íntegra no site da Emater/RS
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