Chuva mal distribuída causa queda na produção de feijão em Jataí (GO)
Considerada a capital de produção de grãos de Goiás, a cidade de Jataí, foi uma das que mais sofreu com a seca na região. As condições do tempo foram fatores que favoreceram a queda na safra de feijão, um dos produtos que tem feito a cesta básica pesar no bolso dos brasileiros. Segundo César Soares, meteorologista da Climatempo, a precipitação registrada em junho foi de 47,7mm. "Apesar de ter ficado acima da média, a chuva foi mal distribuída ao longo do mês e isso influenciou na produção do grão."
A chuva ficou concentrada apenas no início do mês, o que atrapalhou bastante o plano dos agricultores da cidade. “A produtividade esperada era de 45 sacos de feijão por hectare, porém, nessa última colheita, foram apenas 12, o que equivale a um prejuízo de R$ 2.500”, analisa Beckembauer Ferreira, engenheiro agrônomo de Jataí e Rio Verde. Essa perda só não foi maior porque os produtores tiveram que aumentar muito seu preço final. “O saco com 60kg que, normalmente, varia de R$70 a R$180, está valendo R$ 500 hoje em dia”, afirma Beckembauer.
Porém, ao contrário dos preços que subiram, a qualidade do feijão colhido despencou. “O feijão é avaliado pelo seu tamanho e cor. Nessa última colheita ele estava muito pequeno, desvalorizando o produto. O que salvou foi que a cor estava dentro do padrão”, explica o especialista.
Tempo seco nos próximos dias
Segundo César Soares, uma situação de bloqueio atmosférico se estabelece sobre a América do Sul e dificulta o deslocamento normal das frentes frias da Argentina para o Brasil. Por isso, nos próximos 10 ou 15 dias, as frentes frias não terão força para chegar ao Brasil com ar polar ou chuva. “O mapa abaixo mostra a estimativa do volume de chuva sobre o Brasil para até 12 de julho. A cor branca representa ausência de chuva e os tons de verde indicam os maiores volumes acumulados”, explica o meteorologista.

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