Preço do feijão tem reajuste de até 90% para os atacadistas em MT
Publicado em 11/03/2010 12:11
O preço do feijão no atacado disparou em Cuiabá e Várzea Grande e vai impactar no bolso do consumidor nas próximas semanas. A afirmação é de distribuidores da indústria e executivos do setor varejista. Em menos de uma semana, valor do grão teve incremento médio entre 80% e 90%, de acordo com beneficiadores. Entre os supermercadistas, o preço ainda não foi reajustado nas gôndolas, mas os empresários já receberam sinais de que o aumento ocorrerá. Uma das causas da alta é o fim do estoque do feijão produzido no Estado, devido a menor produção nesta safra, e a dependência do produto de Santa Catarina e Paraná, de onde vem boa parte do feijão que chega ao Estado.
A chuva também prejudicou o transporte e qualidade da produção trazida do Sul. A aceleração dos preços começou na terça-feira passada (2), de acordo com empresários da cadeia produtiva. "Há três semanas, o fardo de 30 quilos para venda no varejo estava R$ 45,00 e agora está R$ 70", compara a sócia-proprietária da marca Kayby, Roseli Valério Gonçalves. Ela explica que no período o feijão comprado a granel contendo 60 quilos era entregue no Estado ao custo de cerca de R$ 65 a R$ 70. "Hoje, em Santa Catarina custa R$ 120, fora o imposto e frete. No mínimo, esse feijão chega aqui a R$ 150". A demanda de Roseli por compra de feijão para atender o Estado é de 200 toneladas/mês.
Júlio Abrão dos Santos, gerente do feijão Canário, informa que o produto que abastece Mato Grosso nos últimos dias está vindo também de Minas Gerais e Goiás. "Eu conseguia preço há 10 dias na faixa de R$ 45. Hoje está R$ 70, com tendência de alta", destaca o empresário. Ele afirma que um fornecedor ofereceu feijão para ele nesta quarta-feira (10) "a R$ 110 posto em Cuiabá, mais R$ 7 de ICMS por saca de 60 kg". Ele avalia que na semana que vem a oferta de venda de distribuidores "para feijão entregue em Cuiabá" vai estar R$ 120 no atacado. "Cheguei a vender saco de feijão de 30 quilos a R$ 35 há uns 15 dias".
O gerente da Moinho Régio, Emerson Andreotti, lembra que no fim da semana passada havia empacotadoras vendendo o feijão a R$ 42 o saco de 30 kg. "Houve alta nesta terça-feira, passou para R$ 60 e hoje (ontem) está em R$ 80", diz ao descrever o movimento ascendente do preço em cerca de 90%. Ele afirma que a empresa vende cerca de 400 toneladas por mês.
A produção do feijão em Mato Grosso, somadas as 3 safras, teve redução de 37,2% no ciclo 2009/2010 comparado com 2008/2009, segundo dados da Conab. A falta de incentivos governamentais para a cultura, segundo os produtores, fez a área ser reduzida para menos da metade, no mesmo período.
Varejo - O presidente da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kassio Catena, diz que sua empresa ainda não comprou o feijão com preço majorado. "Vamos até o dia 16 com preço que temos estabelecido". Nas 5 unidades do supermercado Paulista, o preço do quilo do produto tipo 2 está entre R$ 1,39 a R$ 1,49 e o tipo 1, de R$ 1,89 a R$ 1,95.
O vice-presidente da associação e diretor comercial da rede de supermercados Modelo, Altair Magalhães, afirma que notou nesta semana "um fornecedor aumentando um pouco". "Mas no varejo não aumentou. Vai ainda umas duas semanas (sem aumento)", avalia. Ele diz que a média na rede está entre R$ 1,50 a R$ 2,00 o quilo (tipo 1). O supermercado demanda cerca de 100 toneladas do produto por mês.
A chuva também prejudicou o transporte e qualidade da produção trazida do Sul. A aceleração dos preços começou na terça-feira passada (2), de acordo com empresários da cadeia produtiva. "Há três semanas, o fardo de 30 quilos para venda no varejo estava R$ 45,00 e agora está R$ 70", compara a sócia-proprietária da marca Kayby, Roseli Valério Gonçalves. Ela explica que no período o feijão comprado a granel contendo 60 quilos era entregue no Estado ao custo de cerca de R$ 65 a R$ 70. "Hoje, em Santa Catarina custa R$ 120, fora o imposto e frete. No mínimo, esse feijão chega aqui a R$ 150". A demanda de Roseli por compra de feijão para atender o Estado é de 200 toneladas/mês.
Júlio Abrão dos Santos, gerente do feijão Canário, informa que o produto que abastece Mato Grosso nos últimos dias está vindo também de Minas Gerais e Goiás. "Eu conseguia preço há 10 dias na faixa de R$ 45. Hoje está R$ 70, com tendência de alta", destaca o empresário. Ele afirma que um fornecedor ofereceu feijão para ele nesta quarta-feira (10) "a R$ 110 posto em Cuiabá, mais R$ 7 de ICMS por saca de 60 kg". Ele avalia que na semana que vem a oferta de venda de distribuidores "para feijão entregue em Cuiabá" vai estar R$ 120 no atacado. "Cheguei a vender saco de feijão de 30 quilos a R$ 35 há uns 15 dias".
O gerente da Moinho Régio, Emerson Andreotti, lembra que no fim da semana passada havia empacotadoras vendendo o feijão a R$ 42 o saco de 30 kg. "Houve alta nesta terça-feira, passou para R$ 60 e hoje (ontem) está em R$ 80", diz ao descrever o movimento ascendente do preço em cerca de 90%. Ele afirma que a empresa vende cerca de 400 toneladas por mês.
A produção do feijão em Mato Grosso, somadas as 3 safras, teve redução de 37,2% no ciclo 2009/2010 comparado com 2008/2009, segundo dados da Conab. A falta de incentivos governamentais para a cultura, segundo os produtores, fez a área ser reduzida para menos da metade, no mesmo período.
Varejo - O presidente da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kassio Catena, diz que sua empresa ainda não comprou o feijão com preço majorado. "Vamos até o dia 16 com preço que temos estabelecido". Nas 5 unidades do supermercado Paulista, o preço do quilo do produto tipo 2 está entre R$ 1,39 a R$ 1,49 e o tipo 1, de R$ 1,89 a R$ 1,95.
O vice-presidente da associação e diretor comercial da rede de supermercados Modelo, Altair Magalhães, afirma que notou nesta semana "um fornecedor aumentando um pouco". "Mas no varejo não aumentou. Vai ainda umas duas semanas (sem aumento)", avalia. Ele diz que a média na rede está entre R$ 1,50 a R$ 2,00 o quilo (tipo 1). O supermercado demanda cerca de 100 toneladas do produto por mês.
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Fonte:
Gazeta Digital
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