87,3 mil hectares de trigo no Norte do Paraná sofrem com falta de chuva

Publicado em 30/07/2010 08:04
Não chove na cidade e região há 13 dias e 90% da safra precisa de chuva para desenvolver o trigo. Previsão é que na tarde de domingo comece a cair chuva em Londrina
Para não acumular perdas na safra, 90% das lavouras de trigo plantadas em Londrina e região precisam de chuva. Ao todo, são aproximadamente 97 mil hectares plantados, dos quais 87,3 mil hectares estão na fase de floração e frutificação, épocas em que a chuva é fundamental para o desenvolvimento do trigo. Não chove na cidade há 13 dias e a previsão do Instituto Tecnológico Simepar é que chova na tarde de domingo (1º).

“O trigo ainda está em floração e precisa de chuva”, afirmou o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Antônio José da Silva. De acordo com ele, poucas lavouras já começaram a fase da colheita. O restante – 90% do total – ainda está na fase de floração e frutificação. “A chuva é necessária para desenvolver as lavouras e, se não chover, pode haver perdas”, disse.

Necessária na fase de maturação do trigo, a chuva serve para “encher os grãos”, segundo o técnico do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Paulo Roberto Mrtvi, “A chuva é necessária para o enchimento dos grãos. A falta dela prejudica as lavouras em desenvolvimento porque precisa da água para deslocar os minerais dentro do trigo”, explicou.

Segundo ele, outros fatores influenciam na necessidade de água na lavoura de trigo. “Depende muito das condições de manejo do solo”, afirmou. Mrtvi explicou que o manejo adequado do solo pode fazer com que a lavoura do trigo aguente alguns dias a mais sem chuva. “No plantio direto o solo já tem umidade ou se o ele é bem manejado, com material orgânico suficiente”, exemplificou.

Previsão de chuva

Se depender dos céus, as lavouras de trigo terão chuva já a partir de domingo. A previsão do Simepar é que uma frente fria chegue ao Norte do estado provocando pancadas de chuva durante a tarde de domingo. “Nós sairemos desse tempo instável para a condição de mudança climática”, afirmou o meteorologista Samuel Braun. De acordo com ele, “tudo indica que após essa passagem de chuva o clima deve ter um resfriamento”.

Braun afirmou que as mínimas, hoje registradas em torno de 13° a 15°, cairão para menos de 10°, chegando a 9° e 8° depois das pancadas de chuvas. “Estamos com muito calor e temperaturas altas. Haverá uma queda significativa”, avaliou. O meteorologista disse que, no mês de julho, choveu 33 milímetros. A última pancada foi no dia 16, quando choveram 20,8 milímetros.

De acordo com o técnico do Emater, Paulo Roberto Mtrvi, ainda não é possível avaliar se haverá perda na safra do trigo. “Só depois que o grão estiver maduro e pronto para ser colhido. Somente poderemos falar de perdas quando formos fazer a colheita”, disse. Entretanto, Mtriv disse que, a princípio, a safra não está comprometida.

Milho

Informações do Deral apontam ainda que a safra do milho já não corre mais risco com a falta de chuva. Segundo o órgão, “houve seca na hora certa”. Alguns meses atrás, quando houve uma pequena estiagem, 80% do milho permaneceu bom, enquanto 20% ficou razoável, segundo levantamento do Deral.

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Fonte:
Jornal de Londrina

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