Continuará alto o preço do cacau, diz fabricante
Jürgen Steinemann, presidente-executivo da Barry Callebaut, a fabricante de chocolate que fornece esse ingrediente a diversos dos maiores produtores de alimentos do mundo, disse que, "neste momento, o cacau é um material escasso. A demanda vem subindo, com isso, os preços subiram".
Steinemann relutou em prever preços, mas em entrevista ao "Financial Times" declarou que, "caso você leve em consideração os fundamentos, eu tenderia a dizer que os preços não vão cair".
"Se isso nos deixa contentes? Não", acrescentou.
A Barry Callebaut, sediada em Zurique, é a mais influente companhia mundial no mercado de cacau, e em companhia das "tradings" norte-americanas Cargill e ADM é uma das maiores compradoras da commodity. Outros participantes do mercado são a Touton, da França, e a Olam, de Cingapura.
Os comentários de Steinemann surgiram depois que os preços do cacau atingiram a marca de 2.732 libras por tonelada, em Londres, no começo do mês. A alta acentuada no preço se segue a uma sucessão de safras ruins na Costa do Marfim, maior produtor mundial e responsável por 40% da oferta de cacau no planeta, e de uma recuperação vigorosa na demanda pelo produto depois que as empresas esgotaram os estoques acumulados no ano passado.