Trigo vira o vilão do custo de vida

Publicado em 08/10/2010 07:09
Cereal influi também no preço da carne e faz IPCA subir 0,45%.
Depois de três meses de queda, os preços dos alimentos tiveram alta acentuada em setembro, segundo o IBGE. Itens como a carne, o óleo de soja e derivados do trigo pressionaram a inflação oficial do País, medida pelo IPCA. A estiagem no Brasil e no exterior foi o motivo das altas. A queda de 0,14% no preço da gasolina evitou aceleração maior do indicador, que fechou setembro subindo 0,45%.

De acordo com o instituto, o alimento que teve maior aumento percentual foi o açúcar cristal (5,66%), mas a grande contribuição veio das carnes, que encareceram 5,09% e têm maior peso nos orçamentos familiares. Além de ter sido período de entressafra, quando a diminuição das chuvas prejudica as pastagens, a ração que substitui o pasto ficou mais cara por causa do trigo.

O cereal, cuja produção está em crise na Rússia, afetou o preço da farinha (3,61%) e seus derivados. O pão francês subiu 2,93%. Houve reflexo no pão de forma (2,43%), macarrão (2,32%) e biscoito (1,31%).

O clima também fez subir o preço do óleo de soja (5,47%), frutas (3,98%), carne seca (3,76%) e frango (3,11%). Para o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nos próximos meses a tendência é de normalização. “Com a volta das chuvas, os preços vão se recompor”, diz.

Com os 0,45% de setembro, o IPCA acumula alta no ano de 3,6% e de 4,7% nos últimos 12 meses. O INPC, que abrange famílias com ganho de até seis mínimos, foi de 0,54%.

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Fonte:
O Dia

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