Arroz safrinha: mais uma opção para Mato Grosso

Publicado em 26/01/2011 12:30

As variedades safrinha estão invadindo o mercado. O milho safrinha já está consolidado no Brasil, principalmente na Região Centro-Oeste, a soja também já está ganhando variedades superprecoces que fogem da safra convencional e agora é a vez do arroz. A primeira cultivar de arroz safrinha chega ao mercado este ano. O objetivo, além de oferecer mais uma opção aos produtores rurais, é aumentar a renda na safrinha, já que o preço do milho está baixo. A recomendação dos pesquisadores é que o arroz safrinha seja plantado em janeiro para colheita em abril e tenha a emissão de cachos na época mais chuvosa da região, os meses de fevereiro e março.

A variedade Ana 5011, chamada de precocinho, foi lançada este ano com a promessa de possibilitar um novo sistema de plantio. A variedade desenvolvida pela Agro Norte tem ciclo de 85 a 90 dias e produtividade média de 50 a 55 sacos por hectare. Novas variedades devem ser desenvolvidas nos próximos anos se a tendência de sucesso do arroz safrinha se confirmar. Segundo Maírson Santana, gerente administrativo e comercial da Agro Norte, os cuidados de cultivo se diferenciam na nutrição porque o arroz safrinha é menos exigente, já que há nutrientes provenientes da safra de soja disponíveis no solo.

— No arroz de safra normal você trabalha com tecnologia alta, datas de plantio, as variedades pra safra normal geralmente têm um ciclo de 100 a 120 dias e você pode trabalhar com nível de tecnologia. Você pode pegar uma variedade como o Cambará e plantar com 300 quilos de adubo visando uma produtividade de 50 a 55 sacos ou pode aumentar essa adubação pra 500 quilos (chegando a 60 pontos de nitrogênio, 80 de fósforo e 100 de potássio) e ter 90 a 100 sacos por hectare. Com o arroz safrinha o produtor vai ter uma boa redução no uso desse adubo, além da questão questão do aproveitamento do parque de máquinas, porque elas que já estão na fazenda — ressalta Santana.

A grande vantagem do arroz safrinha são os custos. Além da redução dos gastos de produção, o produtor pode ganhar mais do que se plantasse milho safrinha. Segundo o cálculo de Santana, o Ana 5011 tem uma produtividade média de 50 sacas vendidas a R$ 30 cada, o que significa um faturamento de R$ 1.500 por hectare. Já com o milho, que é vendido a cerca de R$ 12 a saca na região do mato Grosso, o produtor precisaria de uma produtividade de 125 sacos de milho por hectare para chegar aos mesmos R$ 1.500 por hectare, o que não acontece.

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Portal Dia de Campo

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