O dilema do moinho brasileiro: trigo caro e farinha barata

Publicado em 16/02/2011 07:53
Quando se sabe que 65% da farinha produzida no Brasil, cerca de 5,25 milhões de toneladas, das cerca de 8,8 milhões do total produzido, é destinada à panificação e que outros 25% da moagem de trigo é farelo e que estes dois produtos estão em baixa no mercado, é fácil prever que os moinhos estão com problemas no país. Como vimos acima, os preços das farinhas especiais, base para a panificação, caíram cerca de 7,6% na última semana e os preços do farelo de trigo foram reduzidos em cerca de 40%, passando de R$ 500,00/tonelada há seis meses, para R$ 300,00 neste momento. Por outro lado, os preços pagos pela matéria prima, o trigo em grão, subiram entre 9,09% e 11,36% no Rio Grande do Sul e 3,77% no Paraná, nos últimos 30 dias. Para comparar (e complicar), os preços do trigo nos outros países produtores, necessários para fazer a mistura para a produção da farinha de panificação, subiram entre 56% e 81% nos últimos 8 meses. O trigo americano, por exemplo, exportado em Nova Orleans, passou de US$ 210 para US$ 380/tonelada no período, alta de 80,9%, e o trigo argentino, mais importado pelo Brasil, passou de US$ 190 para US$ 350/370 por tonelada, alta de 94,73%. Isto pode descontrolar o caixa de qualquer moinho e é o que está impedindo de oferecerem preços mais elevados aos triticultores.
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Trigo & Farinhas

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