Compra coletiva une arrozeiros em busca de opções rentáveis para plantio da safra 2011/2012

Publicado em 08/07/2011 10:43
Para driblar crise no segmento, produtores do Rio Grande do Sul criam estratégias para reduzir custos da lavoura
Enquanto lideranças do setor do arroz vão até a classe política em busca de melhores condições de comercializar o grão, produtores da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul investem em opções rentáveis para viabilizar o plantio da safra 2011/2012. O grupo de arrozeiros de Alegrete (RS) que faz compras coletivas com o objetivo de garantir preços de 10% a 15% menores nos insumos, está ganhando pelo menos 20% a mais de integrantes este ano.

Esse aumento no número de interessados para fazer parte do pool de agricultores de compras coletivas é atribuído pelo vice-presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Geovano Parcianello, à situação caótica do preço do arroz.

– Quanto mais se economizar, melhor. É uma maneira de reduzir custos e melhorar a rentabilidade do negócio neste momento difícil. Tem gente até de fora da cidade ligando para participar – conta.

O grupo, que foi idealizado por Parcianello, já existe há quatro anos. As empresas representantes das marcas dos insumos é que fazem a mediação entre os produtores e as distribuidoras. Na safra passada, conseguiram comprar 7 mil toneladas de insumos, como ureia e adubos. Ainda que Parcianello seja o vice-presidente da associação, o grupo não é ligado à entidade.

– A entidade serve para agregar os arrozeiros que desejam participar. Mas depois as compras são todas feitas pelo próprio grupo – explica.

Quem tiver condições de armazenar seus insumos, optando ou não pela compra coletiva, deve adiantar seu pedido. Segundo o responsável técnico do escritório do Instituto Riograndense do Arroz em Alegrete, Luis Henrique Ereno, a compra de insumos deve ser assegurada o quanto antes para evitar o pico da demanda.

– O produtor deve planejar sua lavoura definindo antecipadamente os insumos necessários para a implantação, tais como, dessecantes, sementes, combustíveis e fertilizantes. Mantida a tendência do plantio no período ideal entre o final de setembro e o início de novembro, a reserva de sementes e fertilizantes no cedo se torna indispensável para prevenir problemas nas entregas e o consequente atraso na semeadura – avalia.

Quem também está preocupado com a nova safra de arroz é o governo federal. Para evitar que o problema de queda dos preços se repita nos próximos anos, a União decidiu criar mais um grupo de trabalho (GT) para estudar o tema estruturalmente. A primeira reunião, realizada semana passada, abriu os debates na identificação de ações para melhorar o fluxo nas próximas safras e equilibrar produção e oferta, além de novas destinações para arroz, como a produção de ração ou biocombustível entre outras, que não são levadas em conta atualmente.

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Fonte:
Zero Hora

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