Os preços do trigo tendem a ficar firmes, afirma empresa de análise francesa
As chuvas foram muito benéficas para o enchimento dos grãos na França, Alemanha e no Reino Unido, que são os maiores produtores do continente, onde as safras de primavera pareciam ter uma queda inevitável. “Nesses países os resultados da colheita são agora mais definidos e para muito melhor do que parecia há um mês”, disse a empresa francesa.
Na Bulgária e na Romênia os rendimentos foram particularmente elevados, impulsionado pelas boas condições do clima que foi extremamente favorável durante toda a fase de crescimento.
A estimativa continua otimista
O grupo, com sede em Paris, elevou a sua previsão para a safra de trigo soft ou brando da União Européia em mais 4,6 milhões de toneladas, mais do que a Espanha produziu na última temporada. A revisão elevou a estimativa de produção de toda a safa para 130,2 milhões de toneladas, colocando-a à frente das duas últimas safras – 2010/11 e 2009/2010.
Esta estimativa também foi maior do que a previsão feia pela Coceral, de Bruxelas, há duas semanas, que estimou a safra europeia de trigo em 126,5 milhões de toneladas para a atual temporada.
Incluindo o trigo duro, usado na fabricação de massas, a estimativa da Strategie Grains para todos os trigo a serem produzidos na União Européia sobe para 138,4 milhões de toneladas, consideravelmente mais elevada do que os 132,1 milhões estimados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos-USDA, na sua estimativa da última terça-feira.
Perspectiva de preços
Apesar de tudo isto, a Strategie Grains permanece otimista sobre as perspectivas dos preços do trigo, dizendo que, “ressalvada a possibilidade de crise financeira aguda, poucos fatores existem que poderiam ter um impacto descendente”.
Mesmo que os preços do tr5igo na União Europeia possam estar sujeitos a uma pressão negativa nos países do Mar Negro e durante o verão e até o outono, eles mantém um potencial de elevação porque os estoques dos Estados Unidos e do Mundo estão estimados a menor”, disse a empresa francesa.
No entanto, os comentários vieram também por outras razões: uma produção menor de trigo no Canadá e na Ucrânia, já delineadas no relatório do USDA da última terça-feira, além do clima quente que ameaça o milho nos Estados Unidos.