Grãos: Mercado reverte tendência e fecha segunda-feira em alta
De acordo com analistas, os futuros dos grãos ainda conseguem tomar algum impulso nos dados do último relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que trouxeram redução na produção do país, bem como nos estoques finais e na produtividade.
O avanço de hoje reflete, portanto, as incertezas quanto à produção e as preocupações do mercado com o cenário de oferta e demanda. "A manutenção do quadro apertado de fundamentos continua valendo, aí o mercado reagiu. Nada de maneira espetacular, pelo menos não em relação às quedas observadas, mas foi um fôlego, um respiro, e isso é importante para a formação do preço", disse Flávio França, analista de mercado da agência Safras & Mercado.
Além dos fundamentos de oferta e demanda, as condições climáticas também voltam a atuar com força no mercado de grãos. Em importantes regiões produtoras de estados como Illinois e Iowa ainda sofrem com a seca, o que compromete ainda mais a produção e traz mais suporte às cotações. Não só nos Estados Unidos, mas também na Europa, as lavouras de grãos sofrem com a estiagem.
"A definição final em termos de produtividade nos EUA e na Europa é o ponto agora. Apesar das chuvas ocorridas nos últimos dias e das temperaturas mais amenas, o quadro em alguns pontos dos Estados Unidos ainda é preocupante", explica França.
Diante desse cenário, e mais um novo ânimo que já pode ser visto no mercado financeiro, o analista aposta em uma mudança de perfil dos preços em relação à semana passada, revertendo a tendência de queda que foi vista por conta da turbulência no cenário macroeconômico.
Esse recuo acabou tornando os preços mais atrativos para os traders e podem ainda estimular uma volta dos fundos ao mercado, impulsionando ainda mais os avanços.
Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento da Bolsa de Chicago: