Como está o mercado de trigo neste momento, no Brasil?

Publicado em 16/08/2011 08:22
Com a redução da demanda pelos subprodutos do trigo (massa e biscoitos), um estoque de grão considerável em mãos de particulares ( cerca de 1 milhão de tons) e do governo (753,34 mil tons), importações fluindo numa média de 170 mil toneladas/semana e perspectiva de boas colheitas nos principais estados produtores, o mercado de trigo não poderia estar agitado no Brasil. Os preços dos mercados de lotes estão ao redor de R$ 490,00/tonelada, tanto no Paraná como no Rio Grande do Sul. Os preços dos mercados de balcão estão entre R$ 24,00-R$ 24,50 no RS e R$ 26,00-R$ 28,00 no PR. Os preços para setembro e dezembro deste ano atingiram preços de aproximadamente US$ 320/tonelada no mercado internacional, que poderiam render entre R$ 28,00 e R$ 30,00 ao produtor gaúcho, por exemplo, só que ocorreram no segundo trimestre deste ano e só as cooperativas tiveram acesso a eles, quer pela exportação, quer pelo mercado futuro. Algumas aproveitaram o preço, mas, inexplicavelmente, voltaram a recomprar o que tinham vendido no mercado internacional, embolsando um prêmio é verdade, mas ficando com o mico na mão, isto é, sem saber como vender cerca de 1,3 milhão de toneladas que deverão sobrar. Deveriam ter sido vendidas todas em abril, sem arrependimento, (recomendamos muito isto) nas não foram, para sorte dos moinhos e azar do governo, que terá que comprar uma boa quantidade disto. Hoje o preço de venda está a US$ 285/tonelada, mas não há demanda internacional para o trigo brasileiro, porque a Rússia está oferecendo trigo a menos de US$ 260/tonelada aos países do norte da África.

A situação da safra de trigo no Paraná apresenta-se com 14% de condição ruim, devido às últimas ocorrências de geadas e chuvas sobre as lavouras, 31% de condição média e 55% de condição boa, segundo relatório da SEAB da semana passada. Contudo, informações extra-oficiais garantem que estas ocorrências podem ser superadas até a colheita e que os prejuízos da safra não são tão grandes quanto inicialmente esperados. O estado ainda espera uma produção de 2,4 milhões de toneladas.

No Rio Grande do Sul a situação parece melhor. As lavouras ainda não estavam no ponto de serem prejudicadas pelas geadas e se espera uma produção ao redor de 2,2 milhões de toneladas.

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Fonte:
Trigo & Farinhas

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