Trigo: Deputados levarão reivindicações a ministro para garantir preços mínimos ao produto
O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, que participou da audiência sobre a cadeira produtiva do trigo, pediu um aumento de 7,3% no preço mínimo – dos atuais R$ 477 por tonelada para R$ 512 – e a definição antecipada da política de compras do governo. Ele defendeu salvaguardas para as importações do cereal, como a Tarifa Externa Comum (TEC) de 35% e para cada tonelada de trigo nacional comprada seria permitida a importação da mesma quantidade, entre outras propostas. As entidades representativas da cadeia produtiva sugeriram a criação de uma Frente em defesa da triticultura.
Segundo o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), essa relação entre preço do trigo e inflação não existe. O parlamentar afirma que a indústria e o comércio ganham com o preço baixo do produto; não os produtores, nem os consumidores. Ele criticou a ausência do secretário de Agricultura do Paraná, que nem representante mandou para debater a nova política para o trigo, mesmo o Paraná sendo o principal estado produtor. “Foi decepcionante a atitude do secretário”, assinalou.
Outra crítica à política agrícola, feita pelo chefe-geral da Embrapa Trigo, Sérgio Roberto Dotto, é a de que o trigo não é considerado produto sensível para o Brasil na relação com os demais países do Mercosul. É que a regra geral no bloco é o livre trânsito de mercadorias, mas, quando o produto é sensível - ou seja, há problemas com a competitividade do produto nacional - o país pode taxar as importações. Dotto informou que o Brasil tem todas as condições para se tornar autossuficiente na produção de trigo.
João Paulo Koslovski defendeu que o governo adote políticas que privilegiem o produto nacional. “Não somos contra trazer o trigo (de outros países), mas tem que haver um entendimento entre o setor produtivo e a indústria, para que se evite trazer produto no momento em que estamos comercializando o nosso cereal internamente". Koslovski criticou o monopólio do transporte e defendeu a edição de “normativos para utilização de embarcações com bandeira estrangeira para o transporte de trigo nacional e seus derivados ao longo da costa brasileira”.
edson faquineti Assis Chateaubriand - PR
Espero que realmente seja feito alguma coisa pelo trigo, pois como esta não da mais para plantar trigo, pois hoje aqui no oeste do Pr, o trigo melhorador esta sendo comercializado por R$ 23,00.assim é melhor não plantar,Isso é uma vergonha.