Preço da couve-flor desagrada agricultores de Sorocaba, SP
O produtor Élson Soares procura na lavoura as plantas que já podem ser colhidas. Em média, depois de 70 dias, a couve-flor fica no ponto, bem branquinha, com tamanho e peso adequados.
Adilson Sampaio, um dos maiores produtores do município de Sorocaba, retira por semana 20 mil unidades. Ele vende cada cabeça de couve-flor por R$ 1, valor considerado pior que o do começo do ano, quando a verdura chegou a ser comercializada por R$ 2,50.
Mesmo assim, o valor está melhor que o praticado nesta mesma época no ano passado, quando a couve-flor atingiu R$ 0,70 no inverno de 2010. Na tentativa de lucrar um pouco mais, Adilson prefere vender a couve-flor na roça mesmo, ao invés de entregar em São Paulo. “Não tem despesa de embalagem, de comissão pela carga consignada e não tem frete também”, avalia.
Para o agricultor Roberto Carlos Amarte, ainda há outro problema além do preço: o ataque de bactérias, principalmente a xanthomona. Segundo ele, as temperaturas altas em alguns dias do inverno prejudicaram a safra. As folhas ficaram com as bordas queimadas e a cabeça, com manchas que inviabilizam o comércio. O que Roberto conseguir aproveitar será vendido por um preço menor. “O preço deverá ser reduzido em torno de 40 a 50%”, conta.
O problema afeta cerca de 30% da lavoura e agora não há mais muito o que fazer. “A gente espera que daqui três ou quatro meses o quadro melhore e a gente possa recuperar”, comenta.
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