Governo federal define preço mínimo para a laranja em R$ 10,10/caixa

Publicado em 01/11/2013 10:07 e atualizado em 01/11/2013 15:10

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira, 31 de outubro, preço mínimo de R$ 10,10 por caixa com 40,8 kg de laranja para a safra 2013/14. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deverá iniciar em breve leilões de apoio à comercialização, visando a contribuir para o crescimento do mercado interno de laranja e suco de laranja. Além disso, haverá a possibilidade de contratar operações de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP).

O preço mínimo da laranja foi estabelecido pela primeira vez em 2012 e vigorou até o dia 28 de março de 2013, como parte de um conjunto de medidas adotadas pelo governo federal para dar suporte ao setor citrícola, que envolveram renegociação de dívidas, financiamento para estocagem de suco de laranja, além dos leilões de PEP e Pepro.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, diante da conjuntura atual de mercado, com baixos preços pagos ao produtor e estoques elevados de suco de laranja, adotar o preço mínimo também para esta safra é uma medida para garantir renda ao citricultor. “A expectativa é de que haverá mercado para toda esta safra de laranja, chegando ao final do ano com estoques mais baixos, o que deverá ajustar os preços para cima na safra seguinte”, ressaltou Neri Geller.

Estoques
Segundo a CitrusBr, os estoques globais de suco de laranja concentrado e congelado brasileiro, em 30 de junho de 2013, eram de 766 mil toneladas, equivalente a 35 semanas de consumo; para 30 de junho de 2014 espera-se um volume de 476,6 mil toneladas, equivalente a 22 semanas de consumo no mercado mundial.

Abaixo, veja a nota oficial da Associtrus sobre o preço mínimo:

Governo Federal fixa o preço mínimo da laranja em R$ 10,10 

01/11/2013
O preço mínimo para a caixa da laranja nesta safra será de R$ 10,10. A decisão foi tomada na noite de hoje (31) em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), em Brasília, e comunicada ao deputado Edinho Araújo (PMDB-SP). A fixação do preço mínimo de referência é uma reivindicação dos citricultores, levada aos ministérios da Fazenda e da Agricultura e Pecuária pelo deputado federal do PMDB de São Paulo. 

O valor fixado está acima do praticado no mercado. Hoje, os produtores que estão conseguindo vender a safra não conseguem mais que R$ 7,00 pela caixa de 40,8 quilos. E a fruta precoce da variedade Hamlin corre o risco de se perder nos pomares. 

O valor de referência anunciado permitirá que o Governo Federal analise a partir de agora a liberação dos mecanismos de incentivo à venda da safra de laranja, como o Pepro, um programa que auxilia o escoamento da produção, cobrindo a diferença entre o valor real de mercado e o preço mínimo fixado pelo CNM. 

Ao ser informado da decisão, Edinho Araújo pediu aos representantes dos ministérios que analisem um outro pedido dos produtores, a retomada com urgência dos leilões de fruta in natura realizados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). 

Na safra passada, também com intermediação de Edinho Araújo, além de fixar um preço mínimo, o Governo Federal autorizou a realização de venda da fruta no mercado interno, por meio de leilões. Os produtores esperam que esse sistema se repita este ano. 

MENOS IMPOSTOS E SECUTIRIZAÇÃO

Além do preço mínimo de garantia, Edinho Araújo levou ao Governo Federal várias reivindicações dos produtores de laranja de São Paulo. Ele defende a redução de impostos sobre o setor de suco e considera que os problemas recorrentes na venda interna da laranja desestimulam os produtores. 

“Não é possível viver nessa incerteza. Muitos produtores estão desistindo da atividade diante do atual quadro. É preciso que o governo tome medidas que tragam tranquilidade a esse importante setor da economia de São Paulo e do Brasil”, disse o deputado. 

Por meio de ofício, o deputado cobrou ainda a securitização das dívidas acumuladas pelo setor de produção nas últimas safras, e o anúncio de medidas de médio e longo prazos, que garantam a sobrevivência da citricultura, que é base da economia de vários municípios do interior de São Paulo.

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Mapa

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