SP lança norma para citricultores
O evento aconteceu na Estação Experimental de Citricultura, na cidade de Bebedouro, com a participação de aproximadamente 70 pessoas, entre produtores rurais e profissionais do setor agrícola.
O vice-diretor da Coopercitrus, João Pedro da Matta, afirma que o citricultor que não seguir as novas normas poderá perder lugar no mercado.
“Em outras épocas o controle era muito rigoroso em relação à aparência da fruta, pois era a exigência do mercado internacional. Enquanto isso, a questão da qualidade no mercado interno era totalmente livre”.
Ele ainda afirma que a aplicação da Norma chegou num momento muito oportuno, sendo uma saída para a citricultura em relação ao mercado interno.
“Hoje nós temos a classe média que compra e tem poder aquisitivo. Mas sem qualidade nós não vamos muito longe e isto acontece em todo o mundo. Acredito que este novo trabalho terá uma grande repercussão”.
Já a chefe do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, Anita de Souza Dias Gutierrez, a companhia desenvolve o trabalho de qualidade com várias frutas e hortaliças há alguns anos. “Nosso objetivo é desenvolver uma ferramenta de caracterização dos produtos para a comercialização. Estudos comprovaram que o produtor que se preocupa com o aspecto do fruto, acaba ganhando em produtividade”.
Ela também lembra que o setor de citros precisa tomar cuidado para não virar uma commodity, um produto sem diferenciação de preço. “Por isso é necessário investir na qualidade para garantir a diferença do valor. O produto com bom aspecto acaba sendo vendido mais rápido”.
SAIBA MAIS
O desenvolvimento das normas de classificação para a caracterização do produto tem como objetivo realizar a comercialização transparente e mais justa. “A Ceagesp já disponibilizou normas de classificação para 16 frutas e 13 hortaliças”.
A classificação do citros deve separar as frutas em lotes visualmente homogêneos, os quais são caracterizados por seu grupo, classe, e categoria.