Citros: Governo Federal aprova R$ 8 mi para subsidiar seguro fitossanitário e de colheitas para produtores de SP

Publicado em 05/12/2011 14:22
Por Paulo Celso Biasioli, engenheiro agrônomo da Alicitros.
GRANA DO GOVERNO
O governo federal aprovou em Brasília a liberação de R$ 8.0 milhões (USD 4.6 milhões) em
financiamento adicional para um programa para subsidiar seguro fitossanitário e de colheitas
para os produtores de citros no Estado de São Paulo.

Mais grana disponível, pode gerar mais confiança em replantios e combate nas árvores já
infectadas com greening e cancro cítrico.

Ainda sem uma definição precisa sobre a aplicação ou forma de repasse dos recursos sabe-se,
segundo Mônika Bergamaschi, a secretária da agricultura de São Paulo, que os programas de
seguros no Estado terão que passar por algumas mudanças.

Este subsídio deverá ser distribuido imparcialmente aos produtores afetados mas, esperar uma
cobertura de 100 %, é utopia.
 
TERRENO PERDIDO
Segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a área de cana-
de-açúcar para corte aumentou 40 % em cinco anos na região de Araraquara, saltando de 172
mil hectares (2005), para 242 mil no ano passado. 

No caso da laranja, em 2005, a região tinha cerca de 25 milhões de pés produzindo e em 2010,
havia 18 milhões pés. O que representa queda de 24%.

A meu ver isso é natural que ocorra; a região foi a primeira a apresentar o greening, talvez
tenha atentado tardiamente para o rigor da doença e é uma das mais afetadas.
Numa situação destas, é claro que uma cultura mais segura é a salvação.
 
 
RISCO NO CONE SUL
O mercado europeu se reuniu com os países exportadores para anunciar (parece que sem o
Brasil, portanto sem defesa) que a partir de 2.013, não vão reduzir os tributos de importação de
frutas cítricas de países do hemisfério sul, que ali entram na “janela” de entressafra da
produção de países europeus.

A alegação é que por motivos da crise econômica interna na Europa, não cabe no momento a
redução de impostos. 

Notícias e rumores captados no Uruguai e Argentina dão conta de que a citricultura deles não
consegue carregar estes tributos (se mantidos). Uma saída já estudada seria o mercado
brasileiro, principalmente dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 

Se o nosso governo de imediato não impuser restrições e barreiras nisto, já já o mercado
estará ocupado pelos hermanos.
Olho no lance!
 
PARA SABER
Deu na Folha de São Paulo que a Cutrale vai dar a partida no plano de diversificação dos
negócios, cujo objetivo principal é usar a policultura operacional como proteção das constantes
oscilações dos preços dos sucos de laranja nos mercados internacionais. 

A produção e distribuição de maçã, uva, abacaxi e mamão seriam as prioritárias, inclusive com
lançamento de marca própria para venda no varejo local.

Serão construídos centros de distribuição e montada uma estrutura logística em todo o país
para a revenda dos produtos, o objetivo é ganhar 10% de market share em sucos prontos, o
que a deixará entre as cinco maiores do mercado.

O investimento na produção e no lançamento dos sucos terá um custo de R$ 150 milhões. 

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Fonte:
Alicitros

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