Acesso ao porto de Itajaí é liberado com fim dos protestos de caminhoneiros

SÃO PAULO (Reuters) - Os manifestantes concordaram em abrir o acesso ao principal porto exportador de carne de aves do Brasil, em Itajaí (SC), informou nesta quarta-feira a administração portuária, pondo fim a um ponto crítico para o escoamento de mercadorias do país após protesto de duas semanas de caminhoneiros.
As lideranças do movimento de Itajaí aceitaram a proposta de preço sugerida para o frete interno, conforme o preço praticado pelas transportadoras para o frete realizado dentro do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, segundo um comunicado da autoridade portuária.
Os protestos, que reivindicaram custos mais baixos de combustíveis e uma melhora nos preços dos fretes, concentraram-se no Sul do Brasil em seus dias finais, bloqueando as exportações de carne e deixando alguns supermercados com prateleiras vazias.
Armazéns fora do porto de Itajaí ficaram cheios de contêineres que transportam carne refrigerada de empresas como a BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo, e JBS, disse um operador de armazém privado à Reuters na terça-feira.
Os manifestantes tinham bloqueado o acesso ao porto desde sexta-feira.
A Polícia Rodoviária Federal disse que apenas quatro protestos no Rio Grande do Sul estavam afetando rodovias federais na quarta-feira, abaixo dos picos de cerca de cem bloqueios em todo o país na semana passada.
As manifestações também afetaram o transporte de soja em direção aos portos exportadores.
Os contratos futuros de soja caíram abaixo de 10 dólares por bushel pela primeira vez desde 23 de fevereiro, devido a relatos da melhora da movimentação do produto na América do Sul, onde a colheita está em curso.
Por volta das 14h15 (horário de Brasília), o contrato maio era negociado em baixa de 1,5 por cento, a cerca de 9,98 dólares por bushel.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Caroline Stauffer)
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