Novo calado do Porto de Paranaguá amplia capacidade de movimentação de contêineres
A produtividade dos navios porta-contêineres foi ampliada no Porto de Paranaguá após mais um aumento de calado, que é a distância entre o ponto mais profundo da embarcação (quilha) e a superfície da água. O limite máximo passou de 12,6 metros para 12,8 metros, representando um ganho de aproximadamente 160 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por navio.
A atualização do calado entrou em vigor nesta sexta-feira (28) e foi divulgada na Portaria nº 014/2025, da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina – Edição 2025.
A publicação foi feita após autorização da Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos, e anuência da Autoridade Portuária e praticagem local. “É uma nova etapa do trabalho que estamos desenvolvendo desde 2019 para tornar o nosso porto cada vez mais eficiente e competitivo no mercado”, disse Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.
O Porto de Paranaguá é o principal corredor de exportação de frango congelado do mundo e conta com o maior pátio de armazenamento de contêineres refrigerados da América do Sul, atualmente com 5.268 tomadas de energia elétrica.
Em 2024, foram movimentados 1.558.450 TEUs nos portos paranaenses, número 24% maior do que a movimentação realizada em 2023 (1.253.204 TEUs). A carne de aves congeladas foi líder em exportação, representando 30,5% das cargas movimentadas no terminal. Já os plásticos e produtos químicos inorgânicos somados representaram 31,4% da importação de contêineres.
GANHOS OPERACIONAIS – Os navios porta-contêineres já passaram por um aumento recente de calado. Em novembro de 2024, o calado passou de 12,3 metros para 12,6 metros, proporcionando um ganho de capacidade de 220 TEUs por navio. Agora, o calado alcançou o marco de 12,8 m.
Outros nove berços e dois píeres também tiveram aumento de calado em 2024. O berço 201, que faz parte do corredor de exportação oeste, e os berços 202 e 204, responsáveis pela movimentação de granéis sólidos de exportação e carga geral, passaram de 12,8 m para 13,1 m.
Os berços 209 e 211, dedicados à movimentação de fertilizantes, assim como os berços 212, 213 e 214, que compõem o corredor de exportação leste, também tiveram suas profundidades alteradas, passando de 12,8 m para 13,1 m. Parte do berço 208, que opera fertilizantes, passou de 11 m para 13,1 m.
Dois píeres também apresentaram aumento no calado operacional: o berço externo do píer do Terminal de Uso Privado (TUP) de granéis líquidos e o berço externo do píer da área arrendada de fertilizantes.
DERROCAGEM – Com a conclusão da remoção de parte da Pedra da Palangana, em novembro do ano passado, a passagem entre o canal de acesso ao porto e a bacia de evolução foi facilitada, reduzindo os riscos das manobras.
Essa mudança garantiu mais espaço, agilidade e segurança nas manobras dos navios, além de reduzir os riscos de navegação e, consequentemente, permitir o aumento de calado. Ao todo, foram removidos aproximadamente 20 mil metros cúbicos de rocha, o que representa apenas 10% da formação rochosa total, estimada em mais de 200 mil metros cúbicos. A obra foi realizada em conformidade com as medidas estabelecidas no licenciamento ambiental federal nº 1144/2016, emitido pelo Ibama.
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