Produtores rurais são notificados em GO por construção em área de preservação permanente

Publicado em 06/04/2010 08:04
A Delegacia de Meio Ambiente notificou 22 produtores rurais de Terezópolis, a 30 quilômetros de Goiânia. Eles são acusados de construir em área de preservação permanente.

A situação foi relatada pela telespectadora Daniela Pires, que mora no município e enviou um e-mail ao programa.

Apenas sete metros separam o antigo laboratório de reprodução de peixes do córrego Santa Rita. A agricultora Ramira Cavalcante recebeu uma notificação que proíbe a atividade no local. É uma área de preservação permanente. A produtora também foi obrigada a desativar dez tanques de criação. Por ano, eram produzidos 500 mil alevinos. A família, que vive na propriedade há anos, está preocupada com a medida.

“Aqui era nosso meio de ganho. Aqui, são 13 pessoas que dependem disso. A gente não sabia. Quando chegamos já existia essa área com os tanques”, explicou Ramira.

A pequena propriedade da qual André Alves é responsável também fica ao lado do manancial. Ele cria peixes na região há seis anos. Cinco mil quilos de piau são comercializados por ano. O gerente foi orientado a fechar os tanques.

Até agora, foram notificados 22 moradores próximos à bacia do João Leite. A determinação da Delegacia de Meio Ambiente é baseada na lei federal que proíbe empreendimentos às margens de mananciais. Numa faixa de 30 metros deve haver proteção de solo e nada de construções.

“É preciso que tragam técnicos, equipes multidisciplinares, com engenheiro de pesca, com agrônomo, com zootecnista e ver qual a possibilidade que temos. Não se pode poluir para depois recuperar. Nós passamos daquela época em que se produz para depois pagar pela poluição. Nós temos que trabalhar com o princípio da prevenção. É claro que queremos que todos produzam, mas temos de respeitar as questões ambientais”, falou Luziano Carvalho, delegado de meio ambiente.

Os policiais estão visitando toda a região. Em uma das fazendas, os agentes encontraram um flagrante de desrespeito ao meio ambiente. Mais de cem porcos são criados em uma área ilegal. O poço de água do córrego foi modificado. O desvio passa dentro do chiqueiro. Toda sujeira vai parar no manancial que abastece a região. O responsável foi multado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente em R$ 15 mil.

“Toda carga orgânica está indo para a água, para o manancial. A pessoa não tem nem cuidado nem mesmo com os próprios animais", completou o delegado.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente deu um prazo de 15 dias para o dono dos porcos retirar os animais do local.
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Fonte:
Globo Rural

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