CNA aguarda regularização do abastecimento de milho no Nordeste em 10 dias
Publicado em 10/08/2012 08:46
Prazo foi dado pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, em reunião realizada esta semana na Conab.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) confia no prazo de 10 dias, anunciado ontem (8/8) pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, para a regularização do abastecimento de milho nos Estados da região Nordeste. A entidade acompanhará as medidas anunciadas pelo Governo e espera obter informações reais sobre o andamento das ações empreendidas, com o objetivo de amenizar o sofrimento de milhares de famílias nordestinas e dos animais atingidos pela pior seca dos últimos 30 anos. “Os produtores rurais do Nordeste estão amargando prejuízos desde abril e a expectativa é que a situação piore nos próximos meses, se o abastecimento não for normalizado”, alertou o 1º Vice-Presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior.
Por causa da grave seca na região, mais de 90% da produção de milho foi perdida. O grão é o principal componente da ração dos rebanhos. Diante desse quadro, o Governo publicou, em maio, a Portaria Interministerial nº 470 para destinar 200 mil toneladas de milho a serem comercializadas no âmbito do Programa de “Venda Balcão”, nos Estados abrangidos pela área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). A quantidade foi considerada insuficiente e, em junho, o Governo editou nova portaria (nº 601) ampliando o volume para 400 mil toneladas. Foram realizados leilões de contratação de fretes para levar o grão, proveniente do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná, aos Estados nordestinos.
Os embarques iniciaram em maio, mas tiveram uma drástica redução no mês passado. O Governo alega, entre outros motivos, a redução da oferta de caminhões para dar continuidade ao serviço contratado. Uma das causas dessa redução seria o início do escoamento da produção da “safrinha” de milho no Mato Grosso. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os caminhoneiros optam por trajetos mais curtos, entre a lavoura e os armazéns, porque, dessa forma, conseguiriam fazer mais viagens por dia a preços mais atrativos. Outras razões citadas foram a falta de estrutura adequada nos pólos de distribuição de grãos do Nordeste e o Estatuto do Motorista, que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros. O Governo citou, ainda, a greve que os caminhoneiros fizeram no último dia 25 para protestar contra o Estatuto.
A situação exige medidas emergenciais por parte do Governo. Em reunião realizada nessa quarta-feira (8/8), com o ministro Mendes Ribeiro Filho e os presidentes das federações de agricultura dos Estados do Nordeste, o presidente da Conab, Rubens Rodrigues, afirmou que a companhia está empenhada na busca de uma solução para o problema. Enquanto o abastecimento do grão na região Nordeste não for normalizado, os produtores rurais continuarão acumulando prejuízos com a morte dos animais. Mais grave, ainda, é a situação de milhares de famílias que dependem dos seus rebanhos para a subsistência.
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Fonte:
CNA
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