Milho: ritmo da colheita pressiona preços do cereal no mercado interno

Publicado em 18/02/2013 14:42
A colheita das culturas de verão da safra 2012/13 avança em várias regiões produtoras do Brasil. Entretanto, em algumas localidades do país o clima não tem favorecido os trabalhos no campo. Na região de Guarapuava (PR), a evolução da colheita do milho acontece de forma mais lenta em função da umidade dos grãos. 

Segundo o analista da BetoAgro Corretora de Cereais, Beto Xavier, ainda não há um balanço da qualidade do cereal variedade precoce, mas a expectativa é que a produtividade em torno de 10.000 kg por hectare. “É um bom volume, porém os tardios devem aumentar o potencial produtivo”, afirma. 

A entrada dessa produção no mercado tem pressionado negativamente os preços do grão no mercado interno. O analista sinaliza que, os produtores que realizaram vendas antecipadas com entrega para os meses de fevereiro e março conseguiram fechar negócios a R$ 30,00 a saca. Atualmente, a saca de milho é comercializada a R$ 26,50 na região de Guarapuava. 

“Acredito que o mercado vai desacelerar um pouco, mas deve recuperar gradativamente, e o produtor terá uma boa rentabilidade. Nos próximos contratos, com os países tentando restabelecer os estoques, a tendência é que o mercado fique aquecido, principalmente, com a volta da China e os EUA às compras do cereal”, explica Xavier. 

Por outro lado, os custos logísticos já apresentaram aumentos expressivos desde o início do ano.  Até o momento, os valores do frete registraram elevação entre 15% e 20%. O analista destaca que há trinta dias, os agricultores pagavam cerca de R$ 3,00 pelo transporte da saca da região de Guarapuava até o Porto de Paranaguá. Hoje, o valor é de R$ 4,30 a saca dependendo da localidade. 

Apesar desse cenário, Xavier acredita que, os patamares das cotações ainda são bons e oferecem boas oportunidades de trava para os produtores.  “O mercado está bastante positivo, os agricultores devem olhar as informações e aproveitar o melhor momento para vender a sua mercadoria que é quando o mercado está em alta”, diz. 
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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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