Milho: Demanda fora dos EUA pressiona cotações na Bolsa de Chicago
Segundo o analista da Agrinvest, Eduardo Vanin, atualmente as vendas do milho norte-americano são 50% menores em relação à temporada anterior. “De julho para cá há um deslocamento da demanda tradicional de compradores norte-americanos, como Taiwan, Coréia do Sul e Japão, maiores exportadores globais de milho, que têm descolado suas compras para outras origens, no caso Brasil e Ucrânia”, explica.
O consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, explica que “mesmo que outros países estejam exportando, como é o caso do Brasil, o mercado investidor olha principalmente o quadro norte-americano” e o baixo volume de embarques dos EUA, em função da quebra na safra, pesa negativamente para os contratos futuros do cereal.
Para Brandalizze, a expectativa de uma boa safra brasileira opera também como fator limitante de novas altas para as cotações. Já na Argentina, as indefinições sobre a safra e a prolongação de problemas climáticos podem resultar em um menor volume do cereal disponível para embarques nesta temporada, alerta Vanin.
Apesar das quedas em Chicago, a procura mundial por milho segue aquecida. Segundo Vanin, a demanda global pelo cereal neste trimestre gira em torno de 20 a 22 milhões de toneladas. Até a segunda semana de fevereiro, o Brasil havia exportado 1,04 milhão de toneladas, volume 274,2% maior na comparação com o mesmo período de 2012.
Brandalizze, no entanto, alerta o produtor sobre a possibilidade de uma pressão de baixa ainda maior nos preços em Chicago a partir de maio diante da expectativa da implantação de uma safra maior nos EUA e da indisponibilidade de armazéns para a safra de grãos brasileira. “O interessante é a comercialização desse milho da primeira safra para exportação, principalmente, nas próximas semanas”, afirma o consultor.
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