Milho: Após altas, mercado realiza lucros e fecha com leves quedas em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) não sustentaram as altas registradas durante o pregão e terminaram o dia em baixa. Nesta quarta-feira (26), o mercado realizou lucros, após os ganhos da sessão anterior. As principais posições da commodity encerraram a sessão com leves perdas entre 0,25 e 1,50 pontos. O vencimento maio/14 era cotado a US$ 4,61 por bushel.
Para analistas, o mercado ainda busca se consolidar próximo de US$ 4,50 por bushel, mas tem dificuldades em ultrapassar o patamar de resistência, de US$ 4,75 por bushel. Além disso, os estoques norte-americanos permanecem amplos, estimados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no início de fevereiro, em 37,62 milhões de toneladas.
Diante desse cenário, também há a expectativa de redução na área cultivada com o milho, porém um aumento na produção da safra norte-americana na safra 2014/15. As projeções forma divulgadas na última semana durante o Fórum Anual Outlook. Ainda na sessão desta quarta, o departamento anunciou a venda de 101.600 toneladas de milho para destinos não revelados, fator que teria limitado as baixas nos preços futuros.
Na BM&F, os contratos do milho encerraram o pregão em campo misto. O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que, depois das recentes altas, o início da colheita em algumas localidades da região Sudeste pressionam sazonalmente as cotações futuras.
Apesar do recuo, o mercado ainda observa os problemas climáticos no Brasil. A safra de verão foi severamente afetada pela ausência de chuvas e as altas temperaturas, especialmente, em São Paulo e Minas Gerais. Já em relação à safrinha, a cada dia que passa a situação se agrava e parte dos produtores terão que fazer o plantio do grão fora da janela ideal, o que eleva o risco às adversidades climáticas mais adiante.
No Oeste do Paraná, o tempo seco e as chuvas esparsas ainda dificultam a evolução do plantio. Por outro lado, o excesso de precipitações no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul preocupam os produtores e também atrasam a implantação da safrinha. Em Rio Brilhante (MS), depois da estiagem, os agricultores relatam que com as chuvas excessivas, as máquinas estão paradas há mais de 10 dias.
Frente à demanda aquecida, o clima adverso também tem sido fator de suporte aos preços no mercado interno. A saca do cereal permanece sendo negociada em patamares mais altos, em Campinas (SP) CIF, o valor é de R$ 35,50, em Campo Mourão (PR) a R$ 27,00 e em R$ 19,00 em Lucas do Rio Verde (MT).
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