Expodireto 2014: Estoques brasileiros de milho podem recuar para até 4 milhões de toneladas
Diante da perspectiva de redução na safra brasileira de milho e um aumento nas exportações, os estoques do país podem baixar para até 4 milhões de toneladas, afirmou o gerente de Oleaginosas e Produção Pecuária da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), Thomé Guth. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (10), durante o 6º Fórum Nacional do Milho realizado na 15ª Expodireto Cotrijal em Não-me-toque (RS).
A previsão é baseada em uma expectativa total da produção do cereal em 75,5 milhões de toneladas nesta temporada. A primeira safra já registrou uma redução de 36 para 32 milhões de toneladas devido à diminuição da área cultivada. Frente aos preços mais altos da soja, os produtores de importantes regiões produtoras como Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná, preferiram investir na oleaginosa.
Além disso, o clima adverso em vários estados brasileiros, especialmente, São Paulo e Minas Gerais, afetou severamente a produtividade das lavouras do cereal. A segunda safra também perdeu espaço para outras culturas, no Mato Grosso, por exemplo, os agricultores apostaram no cultivo da safrinha de soja, girassol e milho pipoca.
"Essas foram algumas alternativas ao produtor ao rural, já que, no momento de decisão do plantio, a saca do cereal era negociada a R$ 7,00 no MT, valor abaixo dos custos de produção. Houve também a questão da diminuição de produtividade, até o início de março cerca de 30% da área de milho no estado ainda precisava ser semeada, plantio que será feito fora da janela ideal", explica Guth.
Em relação às exportações de milho, o gerente sinaliza que a situação na Ucrânia pode abrir espaço ao produto brasileiro. Nesta safra, os embarques do cereal ucraniano deverão totalizar 18,5 milhões de toneladas, cerca de 16% de todo o grão consumido no mundo.
"Se esse cenário permanecer sobra um espaço do mercado ao Brasil, então, a se segunda safra praticamente irá direto para a exportação. Somando a situação do dólar, o mercado na Bolsa de Chicago voltando a subir, próximo de US$ 5 por bushel, os preços já começaram a reagir no MT, a saca do cereal é negociada a R$ 16,00. Nesse patamar, não precisaremos intervir no mercado e não formaremos estoques esse ano", diz o gerente.
0 comentário

Disparada do petróleo puxou preços do milho para cima nesta sexta-feira

Atrasada, colheita de milho de Mato Grosso atinge 7,2% da área, diz Imea

Alta do petróleo puxa e milho registra leves ganhos em Chicago nesta sexta-feira

Cotações do milho abrem sexta-feira em queda após USDA sem grandes novidades

Conab eleva projeções para safra brasileira e milho fecha 5ªfeira com perdas na B3

Perdas no milho por ataques de insetos vetores podem chegar a 70% nas lavouras; manejo assertivo tem que estar no radar