Milho: Na CBOT, preços recuam frente à expectativa de uma boa safra nos EUA

Publicado em 27/05/2014 12:36 e atualizado em 27/05/2014 17:22

Nesta terça-feira (27), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela. Após o feriado do Memorial Day, comemorado na segunda-feira (26), o mercado realiza lucros e, por volta das 12h14 (horário de Brasília) o vencimento julho/14 era negociado a US$ 4,71 por bushel, com queda de 5,83 pontos.

No início da manhã desta terça-feira, o contrato julho/14 alcançou o patamar de US$ 4,70 por bushel, o menor nível desde 4 de março, segundo informações da agência internacional de notícias Bloomberg. Já na CBOT, os preços do cereal recuaram em torno de 9,5% nos últimos 30 dias. O vencimento setembro/14 que chegou a ser negociado a US$ 5,15 por bushel, trabalha próximo de US$ 4,69 por bushel.

De acordo com o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, o principal fator de pressão sobre os preços futuros é o plantio da safra 2014/15 nos EUA, que segue de maneira satisfatória. "A expectativa é que o país tenha uma boa safra e mesmo as informações de um provável El Niño este ano não conseguem ser suficientes para provocar alguma mudança no quadro neste momento", explica. 

Até o último dia 18 de maio, o plantio do cereal estava completo em 73% da área projetada para a safra 2014/15. A média dos últimos cinco anos é de 76%, segundo informações divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). E a previsão de chuvas para os próximos dias melhora as perspectivas para o desenvolvimento da cultura, conforme informações da Bloomberg.

Diante desse cenário, o analista acredita que os preços têm espaço para atingir patamares mais baixos em Chicago. "Se observarmos os gráficos, podemos ver que os preços estavam em US$ 4,30 por bushel no início de 2014. E com a atual situação, nada impede que isso aconteça. Por enquanto, temos um suporte em US$ 4,60 por bushel e resistência em US$ 4,90 por bushel", diz Ribeiro.

Ainda na visão do analista, o quadro só apresentará uma mudança, caso haja problemas nos EUA e quebra na safra seja superior a 5%. "Mantendo-se uma safra norte-americana, as cotações deverão permanecer próximas de US$ 4,50 por bushel", destaca.

Além disso, os participantes do mercado aguardam a atualização semanal do departamento norte-americano sobre o progresso do plantio no país e o relatório de embarques semanais. Ambos os boletins serão divulgados no final da tarde de hoje.

BMF&Bovespa

As cotações futuras do cereal trabalham do lado negativo da tabela nesta terça-feira na BMF&Bovespa. Os preços são pressionados pela queda registrada na Bolsa de Chicago. E caso a safra norte-americana se confirme em uma grande produção, as cotações poderão ficar próximas de R$ 25,00 na BMF, segundo sinaliza o analista.

“No caso do Brasil, uma boa safra dos EUA deverá limitar nossa capacidade de exportação que para evitar uma grande queda nos preços precisaria alcançar no mínimo cerca de 20 milhões de toneladas. O país depende em muito das exportações para equacionar sua relação oferta x demanda para o milho, e que temos um bom volume produzido neste ano, este é um fator de grande influência para os preços.”, acredita Ribeiro.

No ano passado, as exportações de milho do Brasil somaram entre janeiro e maio, 8,15 milhões de toneladas, no entanto, em 2014 o número é de 5,18 milhões de toneladas. Até o momento, os embarques totalizam 63% do que foi exportado no ano anterior. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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