Milho: Sem novidades, mercado inicia a semana em queda em Chicago

Publicado em 02/06/2014 09:38

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana trabalhando do lado negativo da tabela. Por volta das 9h23 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 3,50 e 4,50 pontos. O contrato julho/14 era cotado a US$ 4,61 por bushel. 

As cotações do cereal dão continuidade ao movimento iniciado na sexta-feira e opera com preços do lado negativo da tabela. De acordo com informações da agência internacional de notícias Bloomberg, na última semana, os preços futuros do cereal registraram a maior queda mensal desde junho frente à semeadura acelerada nos EUA, assim como, o desenvolvimento favorável da safrinha brasileira.

Somente no acumulado do mês de maio, o vencimento julho/14 já acumula perda de 10%. Na semana anterior, o contrato atingiu o menor patamar desde 4 de março, de US$ 4,66 por bushel. Ainda assim, os preços do cereal tem encontrado suporte no patamar de US$ 4,50 por bushel, mas, entretanto, uma resistência no nível de US$ 5,00 por bushel.

Em contrapartida, a demanda pelo cereal norte-americano permanece firme. E segundo analistas, os preços mais baixos devem estimular a demanda pelo produto, principalmente pelos consumidores de etanol e do setor de rações.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: Mercado fecha pregão em queda e contrato julho/14 já acumula perda de 10%

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta sexta-feira (30) em baixa. Durante as negociações, os preços da commodity ampliaram as perdas e terminaram a sessão com quedas entre 3,75 e 6,00 pontos. O vencimento julho/14 era comercializado a US$ 4,65 por bushel.

No acumulado do mês de maio, o contrato julho/14 acumula perda de 10%. Na última quarta-feira, o vencimento alcançou o patamar de US$ 4,66 por bushel, o menor desde 4 de março. Ao longo das últimas semanas, o mercado tem refletido o clima favorável ao término do plantio do milho e o desenvolvimento inicial das lavouras nos Estados Unidos.

As previsões de clima positivo no país diminuem as preocupações registradas no início da semeadura do grão. E, por outro lado, aumenta a perspectiva que a safra norte-americana será uma grande produção, estimada em 353,9 milhões de toneladas para a safra 2014/15, conforme projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Frente a esse cenário, os preços do cereal em Chicago têm registrado quedas desde o início do mês, após o aumento de 23% registrado nos primeiros quatro meses do ano. Ainda assim, os preços do cereal tem encontrado suporte no patamar de US$ 4,50 por bushel, mas, em contrapartida, uma resistência no nível de US$ 5,00 por bushel.

Ainda hoje, as cotações até tentaram esboçar uma recuperação com os números de vendas para exportação dos EUA, porém não conseguiram sustentar e voltaram a cair. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas para exportação referentes à safra 2013/14 em 621.300 mil toneladas a semana encerrada em 22 de maio. O número representa um aumento de 22% em relação à última semana e de 27% sobre a média das últimas quatro semanas. 

Somente o México adquiriu cerca de 249.600 mil toneladas do produto dos EUA. Já o Egito comprou 200.700 mil toneladas. Para a safra 2014/15, as vendas somaram, no mesmo período, 90.900 mil toneladas.

Entretanto, os preços mais baixos acabam estimulando a demanda, conforme explicam os analistas. No caso do cereal, a expectativa é que aumente a demanda, principalmente por parte dos consumidores de etanol e do setor de rações. 

BMF&Bovespa

Nesta sexta-feira, os preços futuros do milho também operam do lado negativo da tabela, acompanhamento o recuo nas cotações em Chicago. O contrato julho/14 era cotado a R$ 26,90, com desvalorização de 1,43%. A proximidade da colheita da segunda safra de milho, em algumas regiões do Paraná a colheita já começou, também contribui para pressionar negativamente os preços.

A mesma situação acontece no mercado interno, atualmente, as cotações do cereal estão mais baixas do que o registrado em meses anteriores. De um lado, os produtores ainda seguem mais cautelosos nas vendas, uma vez que esperam por preços melhores. Na outra ponta da cadeia, os compradores ainda adquirem o produto de mão-pra-boca, já que apostam em uma grande safrinha, que apesar dos problemas pontuais, apresenta boas condições.

Ainda de acordo com o analista de mercado da Safras & Mercado, Flávio França, apesar da redução na safra brasileira, ainda será um bom volume. E, por enquanto, as exportações do produto seguem mais lentas. “A demanda interna não consegue absorver todo o excedente, precisamos buscar mercado. Há demanda nos Portos para a safrinha com entrega em julho, agosto, mas com preços mais conservadores. Ainda assim, precisamos aproveitar as oportunidades para exportação, caso contrário se ficarmos com estoques maiores teremos problemas de preços”, acredita. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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