Milho: Na CBOT, preços recuam frente ao avanço no plantio norte-americano

Publicado em 03/06/2014 08:59

No pregão desta terça-feira (3), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela. Após os ganhos registrados na sessão anterior, as principais posições da commodity recuam e, por volta das 8h44 (horário de Brasília) exibiam perdas entre 3,75 e 4 pontos. O vencimento julho/14 era comercializado a US$ 4,61 por bushel.

As cotações do cereal são pressionadas pelo avanço no plantio norte-americano, que até o último dia 1 de junho alcançou 95% da área projetada para essa safra. Segundo informações do novo boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no Texas a semeadura do grão já foi concluída.

Além disso, cerca de 76% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, 22% estão em situação regular e 2% estão em condições ruins ou muito ruins. E segundo informações divulgadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, nessa semana, as chuvas deverão ser frequentes no Centro-Oeste, mantendo as condições de umidade favoráveis. 

Diante desse cenário, as cotações recuaram 8,9% desde o início de maio, quando os produtores norte-americanos aceleraram o plantio, após os trabalhos nos campos serem adiados pelas chuvas e o tempo frio no início da temporada, conforme informou a Bloomberg. Na última sessão, o contrato julho/14 alcançou o patamar de US$ 4,60 por bushel, o menor nível desde 28 de fevereiro. 

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Demanda dá suporte e preços fecham pregão com leves altas na CBOT

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho fecharam o pregão desta segunda-feira (02) em campo misto. Durante a sessão, as principais posições da commodity reverteram as perdas e finalizaram o dia com altas entre 1,00 e 1,25 pontos. O vencimento julho/14 se manteve do lado negativo da tabela, cotado a US$ 4,65 por bushel. Mais cedo, o contrato atingiu o nível de US$ 4,60 por bushel, o menor patamar desde 28 de fevereiro. 

O mercado refletiu a demanda aquecida pelo produto norte-americano e encerrou o pregão com ligeiros ganhos. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou os embarques semanais do produto em 976,06 mil toneladas até o dia 29 de maio.

Apesar do recuo em relação à semana anterior, na qual foram embarcadas 1.160,14 milhão de toneladas, o número permanece firme. No acumulado no ano comercial, o número é de 33.665,567 milhões de toneladas, contra 48.260,00 projetados pelo USDA.

Nas últimas semanas, as cotações do cereal têm sido pressionadas pelas condições climáticas favoráveis nos EUA. Após as preocupações iniciais e especulações sobre um possível atraso na semeadura do grão norte-americano, o clima tem sido favorável ao término da semeadura, assim como, ao desenvolvimento das lavouras.

Frente a esse cenário, a expectativa é de uma produção cheia nos EUA. De acordo com o economista da Faeg (Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás), Pedro Arantes, os estoques estão mais confortáveis nessa safra e com projeção de boa safra no país, as cotações do cereal ainda podem recuar.

Ainda assim, analistas sinalizam que é preciso acompanhar as previsões climáticas para os EUA, especialmente no mês julho, quando as lavouras estarão em fase de enchimento de grãos. Por outro lado, é preciso ressaltar que as cotações mais baixas estimulam a demanda, principalmente para a produção de etanol e setor de rações.

BMF&Bovespa

Na BMF&Bovespa, as cotações do cereal operam do lado positivo da tabela, após as perdas recentes. O mercado acompanha o movimento registrado em Chicago e também esboça uma recuperação no pregão desta segunda-feira. O contrato julho/14 é cotado a R$ 27,10. 

Em contrapartida, os preços praticados no mercado interno registraram perda expressiva durante o mês de maio. O mercado reflete o aumento na oferta disponível, uma vez que, os produtores avançaram nas negociações da safra de verão, assim como a proximidade da colheita da segunda safra.

De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, durante o mês de maio, o valor da saca de 60 kg do grão fechou o dia 30/05 cotada a R$ 22,50 em Não-me-toque (RS), uma desvalorização de 10% em relação ao início do mês. No mesmo período, o valor da saca recuou 13,04% e terminou o mês negociada a R$ 20,00 em Ubiratã (PR).

Do mesmo modo, a cotação da saca de milho diminuiu durante o mês de maio em Tangará da Serra (MT), de R$ 22,50 para R$ 21,00, uma redução de 6,67%. Já em São Gabriel do Oeste (MS), os preços baixaram de R$ 23,00 para R$ 20,00 no mesmo período, uma desvalorização de 13,04%. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), o recuo foi de 10,20% e a saca encerrou o mês cotada a R$ 22,00. No Porto de Paranaguá, a redução foi de 9,49%. Jataí (GO) foi a única praça que apresentou uma elevação nos preços de R$ 21,12 para R$ 25,50. 

Ainda assim, o economista relata que após o pico da colheita da safrinha, daqui a 60 dias, os preços poderão apresentar uma melhora. O aquecimento das exportações brasileiras do produto também deverá contribuir para as cotações. No mês de maio, as exportações do produto brasileiro totalizaram 126,5 mil toneladas, com média diária de 6 mil toneladas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

O número representa uma queda de 78,6% no volume embarcado em comparação com abril, já em relação ao mesmo período do ano passado, a queda é de 63,1%. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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