Milho: Mercado busca recuperação e preços operam em alta na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ganhos fortes no pregão desta sexta-feira (6). Após as perdas expressivas registradas durante a semana, os preços do cereal buscam uma recuperação e, por volta das 12h04 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam altas entre 4,75 e 6,75 pontos. O vencimento julho/14 era negociado a US$ 4,55 por bushel, uma alta de 1,34% em relação ao fechamento da sessão anterior.
Os preços do cereal são impulsionados pelas especulações de que a demanda poderá aumentar devido às baixas cotações registradas atualmente. Segundo a analista em agronegócio da Céleres Consultoria, Aline Ferro, com os preços em patamares menores, há o maior interesse de compra por parte dos investidores.
De acordo com informações divulgadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, os preços do cereal trabalham próximos do menor nível desde fevereiro. É preciso ressaltar, que somente no mês de maio, as cotações da commodity registraram perdas de 10%.
Nas últimas semanas, os contratos do milho em Chicago têm sido pressionados pelas previsões climáticas favoráveis nos EUA. Frente às previsões de chuvas no país, a perspectiva é de uma safra recorde nesta temporada, após as preocupações iniciais com o clima frio.
Ainda segundo pesquisa realizada pela Bloomberg News, a produção de milho norte-americana deverá totalizar 354,07 milhões de toneladas na safra 2014/15. No último relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a safra foi projetada em 353,97 milhões de toneladas. O órgão irá divulgar novas estimativas no dia 11 de junho.
Consequentemente, a expectativa é que os estoques mundiais somem 182,2 milhões de toneladas, ainda segundo pesquisa da agência. A projeção do USDA para os estoques globais é de 181,73 milhões de toneladas.
Apesar do cenário, analistas afirmam que é preciso acompanhar as previsões climáticas para o país, assim como, as notícias do lado da demanda. Nesta quinta-feira, o USDA reportou as vendas para exportação de milho referente à safra 2013/14 em 550.700 mil toneladas até o dia 29 de maio. O número representa uma queda de 5% em relação à semana anterior, porém uma alta de 39% sobre a média das últimas semanas. Para a safra 2014/15, as vendas totalizaram 19.600 toneladas.
BMF&Bovespa
No pregão desta sexta-feira, as cotações futuras do milho na BMF&Bovespa operam em campo misto, próximos da estabilidade. O vencimento julho/14 era cotado a R$ 26,70. Durante toda a semana, os preços do cereal acompanharam a movimentação de Chicago, oscilando entre os lados negativo e positivo da tabela.
Já no mercado físico, os preços também estão mais baixos pressionados pela proximidade da colheita da segunda safra de milho. E após a apreensão no início do plantio do grão, com excesso ou falta de chuvas em importantes regiões do país, as lavouras apresentam boas condições.
Na região de São Gabriel do Oeste (MS), por exemplo, os preços recuaram de R$ 25,80 para R$ 20,00. Cenário que também se repete em Darcinópolis (TO), onde as cotações baixaram de R$ 30,00 para R$ 26,00.
Nesta sexta-feira, a saca do grão é negociada a R$ 27,50 em Campinas (SP) CIF. Em Campo Mourão (PR), o valor de negociação é de R$ 24,50, enquanto que em Lucas do Rio Verde (MT), a saca de milho é cotada a R$ 14,00. Em Goiás, Mineiros, a saca do produto é comercializada a R$ 21,00.
E diante de uma projeção de safra de 75 milhões de toneladas, entre primeira e segunda safra, e um consumo estimado em 54 milhões de toneladas, analistas afirmam que o mercado dependerá das exportações. A perspectiva é que os embarques do produto brasileiro ganhem ritmo a partir do segundo semestre.
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