Milho: Mercado foca safra dos EUA e opera com ligeiras quedas em Chicago

Publicado em 03/07/2014 12:55

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela na sessão desta quinta-feira (3). Ao longo das negociações, os preços até esboçaram uma reação, mas voltaram a cair e, por volta das 12h15 (horário de Brasília) exibiam perdas de 0,50 pontos, próximos da estabilidade. O vencimento setembro/14 era cotado a US$ 4,11 por bushel.

Em meio às projeções de safra recorde de milho na temporada 2014/15 nos EUA, o mercado recuou e trabalha próximo do menor patamar em seis meses, conforme informações da agência internacional de notícias Bloomberg. A expectativa é que a produção norte-americana totalize 353,97 milhões de toneladas de milho, segundo projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Por enquanto, a safra dos EUA apresenta boas condições, com cerca de 75% das lavouras em boas ou excelentes condições. Além disso, as previsões climáticas apontam para chuvas e temperaturas moderadas para as próximas duas semanas, que deverão ajudar a polinização das culturas, fase crítica de desenvolvimento da cultura.

Com isso, a expectativa é que os preços se acomodem em patamares mais baixos, caso haja a confirmação de uma safra recorde nos EUA. Para o Goldman Sachs Group, as cotações do cereal poderão recuar para US$ 4,00 por bushel em seis meses. Desde 29 de abril até ontem, os preços recuaram em torno de 19,8%.

Nesta quinta-feira, as operações realizadas em Chicago encerram mais cedo às 14 horas (horário de Brasília) devido ao feriado do Dia da Independência dos EUA, comemorado na sexta-feira (4).

Exportações semanais de milho

O USDA reportou nesta quinta-feira novo boletim de vendas para exportação. Para a safra 2013/14, as vendas de milho ficaram em 290,7 mil toneladas, frente as 31,4 mil toneladas divulgadas na semana anterior. No acumulado do ano safra, as vendas totalizam 47.212,9 milhões de toneladas, contra 48.260,0 milhões de toneladas estimadas pelo departamento.

Para a safra 2014/15, as vendas ficaram em 474,7 mil toneladas. Na última semana, o volume indicado pelo USDA foi de 232,4 mil toneladas.

BMF&Bovespa 

As cotações futuras do cereal exibem leves altas na BMF&Bovespa nesta quinta-feira. O mercado busca uma recuperação frente às recentes perdas registradas. O vencimento julho/14 era cotado a R$ 24,40, com valorização de 0,78%.

Nos últimos dias, os preços têm sido pressionados pelo avanço da colheita da segunda safra brasileira, as perdas em Chicago e o câmbio mais fraco. A evolução dos trabalhos nos campos também pesa sobre as cotações praticadas em importantes praças no país. Durante o mês de junho, os preços caíram até R$ 4,00, segundo levantamento do Notícias Agrícolas.

E alguns analistas já alertam que os preços podem recuar ainda mais, com o avanço da colheita. Enquanto isso, os produtores tentam segurar o produto e os compradores adquirem o produto da mão pra boca. Consequentemente, em muitas regiões do Centro-Oeste, as cotações já estão abaixo do valor mínimo fixado pelo Governo. Diante desse cenário, os representantes do setor já estão mobilizados para que haja a intervenção do Governo através de leilões, para contribuir no escoamento da safrinha.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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