Milho: Após as altas, mercado volta a cair em Chicago com foco na safra dos EUA

Publicado em 05/08/2014 10:47

Após as altas registradas na sessão anterior, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela. Por volta das 10h31 (horário de Brasília) as principais posições da commodity exibiam perdas entre 3,50 e 4,00 pontos. O vencimento setembro/14 era negociado a US$ 3,55 por bushel.

Com foco na expectativa de safra cheia nos Estados Unidos na safra 2014/15, os preços do cereal já recuaram 13% somente esse ano, conforme informações reportadas pela agência internacional de notícias Bloomberg. De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em torno de 73% das lavouras do cereal apresentavam boas ou excelentes condições até o último domingo (3).

O índice está um pouco abaixo do registrado na semana anterior, de 75%. Em torno de 20% das plantações estão em condição regular e 7% registram condições ruins ou muito ruins. Até o momento, 90% das lavouras estão em fase de espigamento, contra 78% da semana passada.

Ainda de segundo o boletim, 36% das plantações estão em fase de enchimento de grãos. O percentual está em linha com a média dos últimos anos, mas acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 17%. 

Demanda 

Diante dos preços mais baixos, os compradores retornaram à ponta compradora, situação que impulsionou as cotações do cereal no pregão desta segunda-feira. O USDA também reportou que os embarques semanais totalizaram 1.140,546 milhão de toneladas de milho na semana encerrada no dia 31 de julho. 

O número está acima do registrado na semana anterior, de 816,065 mil toneladas. No acumulado do ano, o país já embarcou cerca de 42.969,590 milhões de toneladas de milho.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Com demanda aquecida, mercado fecha o dia em alta na CBOT

Por Carla Mendes

Nesta segunda-feira (4), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia em alta. As posições mais negociadas encerraram a sessão subindo mais de 7 pontos, com o vencimento setembro cotado a US$ 3,58 por bushel. Já o contrato maio ficou em US$ 3,90. 

Segundo explicou o analista do site norte-americano Farm Futures, Bob Burgdorfer, o mercado passou por um movimento de recuperação depois das últimas baixas e registrou a cobertura de algumas posições por parte dos fundos de investimento, que voltaram à ponta compradora. 

Além disso, os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em seu boletim de embarques semanais, mostrou que os Estados Unidos embarcaram 1.140,546 milhão de toneladas do cereal na semana que se encerrou em 31 de julho. 

O volume ficou bem acima do registrado na semana anterior, de 816,065 mil toneladas. Além disso, no acumulado do ano, os EUA já embarcaram 42.969,590 milhões de toneladas, frente à projeção do departamento de pouco mais de 48 milhões de toneladas para todo o ano comercial 2013/14. 

Entretanto, o bom potencial da safra norte-americana, mais uma vez, limitou o potencial de alta dos preços e pelas previsões climáticas para as semanas seguintes que ainda são favoráveis. "A safra de milho está indo bem, sem ameaças climáticas no curto prazo", disse Burgdorfer. 

As últimas previsões climáticas mostram que, para essa semana, são esperadas chuvas acima do normal para esse período em áreas de soja e milho, porém, precipitações abaixo do normal a dentro do esperado para os próximos 6 a 10 dias. As temperaturas para esse intervalo devem ficar amenas. 

Mercado Interno

No mercado interno, os preços continuam despencando Brasil a fora. O avanço da colheita da safrinha no país aliado às boas expectativas para a nova safra dos Estados Unidos - que deixam menores as referências de preços em Chicago - vem pressionando as cotações e pesando sobre os negócios. 

Segundo apurou o site do Globo Rural, em Minas Gerais a desvalorização do preço é de 35% em relação aos valores praticados no ano passado. A saca que antes custava R$ 29,00 agora vale R$ 19. No Paraná, o problema se repete e o preço caiu de R$ 25 para R$ 18 por saca. No Mato Grosso há locais onde o valor pago pelo grão está abaixo do preço mínimo estipulado pelo governo. 

Os produtores agora aguardam pela intervenção do Governo Federal, por meio dos leilões de Pepro. Segundo o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Seneri Paludo, a portaria para a realização dos leilões já foi assinada pelo Mapa e pelo ministro da Fazenda e aguarda agora a aprovação do Ministério do Planejamento. 

"A portaria abrange o Brasil todo e temos trabalhado com dois mecanismos, um é o leilão de Pepro e o outro é o AGF (Aquisição do Governo Federal) em regiões onde os preços estão abaixo dos preços mínimos, que é o que diz a lei", explica Paludo. 

Ainda não foram definidos, no entanto, o volume de milho que participará dessas operações e nem quando elas acontecem.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Noticias Agrícolas

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