Milho: Compradores retornam ao mercado e preços ampliam ganhos

Publicado em 15/08/2014 12:26 e atualizado em 15/08/2014 17:59

Ao longo das negociações no pregão desta sexta-feira (15) na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ampliaram os ganhos. Por volta das 11h31 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam altas entre 3,25 e 3,50 pontos. O vencimento setembro/14 era cotado a US$ 3,65 por bushel, após ter fechado a sessão anterior, a US$ 3,62 por bushel.

Para o analista de mercado da New Agro Commodities, João Pedro Corazza, as cotações são impulsionadas pelo retorno dos compradores no mercado. Em meio às expectativas de safra cheia nos EUA, as cotações têm recuado expressivamente no mercado internacional desde o início do ano. Em relação ao fechamento do dia 15 de janeiro, no qual o vencimento setembro/14 terminou a sessão cotado a US$ 4,45 por bushel, o contrato acumula perda de 17,75%.

Na última atualização, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou um aumento tanto na estimativa de produção e produtividade da safra 2014/15. A expectativa é que os produtores norte-americanos colham 356,43 milhões de toneladas e o rendimento deve alcançar 177,17 sacas por hectare.

O clima nos EUA permanece favorável ao desenvolvimento da cultura. Há previsões de chuvas nos próximos dias para o estado de Iowa, que se confirmadas, deverão beneficiar a cultura do milho e também da soja. Nesta sexta-feira, a agência internacional de notícias Bloomberg reportou que o tempo mais seco no Delta irá favorecer a maturação e a colheita do milho precoce.

Entretanto, nesta sexta-feira um departamento do USDA divulgou que os produtores norte-americanos que participaram de programas de subsídios no país registraram "plantio evitado" em 2014 de 620 mil hectares. Segundo analistas, a situação é decorrente de clima, preços ou de produtores que optaram em receber o seguro devido ao risco de plantio fora da janela ideal.

Na terça-feira (12), o USDA indicou a área cultivada na safra 2014/15 em 37,07 milhões de hectares, mesmo índice registrado no mês anterior.

Mercado interno

Já no mercado brasileiro, os preços do cereal permanecem estáveis na grande maioria das praças. A comercialização ainda está travada, uma vez que os produtores rurais aguardam o primeiro leilão de Pepro, que deverá acontecer no próximo dia 20 de agosto. Por enquanto, os valores dos prêmios ainda não foram reportados pelo Governo e a expectativa é que sejam divulgados 48 horas antes da operação.

Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços praticados no mercado doméstico já chegaram ao fundo do poço. “E as notícias que surgirem a partir de agora serão de demanda, leilões e exportações. Como vimos na semana passada e essa semana, tivemos navios fechados, situação que não estava acontecendo. Então, vamos começar a ver alguma reação no mercado”, afirma.

Além disso, o consultor também destaca que o final da colheita da safrinha é um fator importante, pois termina o processo da entrada de produto direto para os consumidores. “Isso vai obrigar os consumidores irem para o mercado de lote, o que normalmente tende a pressionar os preços para cima. Nos próximos meses iremos ter uma evolução nos preços do milho, em torno de 10% a 20% de alta”, acredita Brandalizze.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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