Milho: Mercado observa as previsões climáticas nos EUA e amplia perdas em Chicago
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento de queda ao longo dos negócios desta quarta-feira (15). Após subir mais de 3% nos contratos na sessão anterior, os futuros voltaram a trabalhar em campo negativo e, por volta das 13h02 (horário de Brasília), os vencimentos exibiam perdas entre 3,75 e 4,25 pontos. O contrato dezembro/14 era cotado a US$ 3,53 por bushel.
De acordo com informações da agência internacional de notícias Bloomberg, a previsão de tempo seco no Meio -Oeste dos Estados Unidos para o resto da semana, pressiona o mercado. A expectativa é que, com a confirmação das previsões, os produtores norte-americanos consigam acelerar a colheita do cereal.
Até o último dia 12 de outubro, cerca de 24% da área cultivada nesta safra já havia sido colhida, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A expectativa do mercado era um número ao redor de 25% a 28%. Na semana anterior, o índice estava em 17%. Ainda assim, a média dos últimos cinco anos é de 43%. O relatório de acompanhamento de safras foi reportado nesta terça-feira pelo órgão norte-americano.
"Na previsão estendida não há tantas indicações de chuvas, o que deve acelerar a colheita", disse o economista Dennis Gartman, em entrevista à Bloomberg. "A maquinaria moderna nas fazendas são incríveis. E com alguns dias de tempo bom teremos no próximo relatório do USDA um avanço nos trabalhos nos campos, tanto para a soja, como para o milho", completa.
Enquanto isso, a demanda continua firme pelo produto norte-americano. Ainda nesta terça-feira, o USDA indicou as vendas semanais em 933,788 mil toneladas de milho, volume acima da perspectiva dos participantes do mercado que apostavam em volume entre 740 mil a 890 mil toneladas. Na semana passada, o volume ficou em 887,632 mil toneladas.
No acumulado do ano, os embarques do milho norte-americano já totalizam 4.970,011 milhões de toneladas, contra 2.947,989 milhões do mesmo período da safra 2013/14. Ainda de acordo com a projeção do USDA, as exportações do cereal deverão somar 44,45 milhões de toneladas neste ano comercial.
Análise gráfica
De acordo com o analista de mercado da Smartquant Fundos de Investimentos, Antônio Domiciano, a tendência de vendas de posições ainda permanece muito elevada para o mercado de milho. "Os contratos do cereal assim como em outras commodities experimentaram essa tendência drástica de vendas, porém a queda já ocorreu e a região que o milho encontrou um importante suporte foi próximo de US$ 3,10 US$ 3,20 por bushel", afirma.
Ainda assim, o analista destaca que, se o contrato dezembro/14 atingir um nível de US$ 3,60 a US$ 3,70 e trabalhar acima desse patamar, o mercado pode registrar um novo movimento de alta. "Poderemos ter um respiro dentro de uma tendência de queda e o vencimento pode chegar a US$ 4,20 por bushel. Mas não é fácil, a subida será difícil devido à tendência de venda que é muito forte", ratifica Domiciano.
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