Nesta 2ª feira, preços têm novo dia de alta na BM&F e março/15 chega a R$ 32,50

Publicado em 17/11/2014 12:14 e atualizado em 17/11/2014 17:11

As principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa operam do lado positivo da tabela no pregão desta segunda-feira (17).  Por volta das 11h54 (horário de Brasília), os principais contratos exibiam valorizações entre 0,07% e 0,97%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 32,50 a saca e, apenas o contrato novembro/14 recuava cerca de 0,46%, negociado a R$ 27,85 a saca.

Como principal fator de suporte aos preços do milho está a especulação em relação a safra brasileira. Na primeira safra já há uma redução na área destinada ao cereal consolidada. Isso porque, no momento do planejamento da safra, a diferença entre as cotações da oleaginosa e do cereal, fez com que os produtores investissem mais na cultura da soja.

Paralelamente a esse cenário, a segunda safra ainda é uma incerteza, já que com ao atraso no plantio da soja, devido à irregularidade climática, a perspectiva inicial é de redução na área cultivada com o grão no próximo ano. De acordo com informações da consultoria AgRural, até o momento, em torno de 63% da área foi plantada com a oleaginosa, uma atraso de 6% em relação ao mesmo período da ciclo anterior.

Em algumas regiões, como é o caso de Rio Verde (GO), com o atraso da soja, aliado aos custos de produção elevados, os agricultores poderão reduzir a área semeada, mas também os investimentos em tecnologia. Cenário que também pode se repetir em outras importantes localidades produtoras pelo país.

"Tanto na BM&F, como no Porto, os preços têm se mantido sustentados nos últimos dias. O dólar também contribui para a formação desse cenário. Porém, as vendas parceladas, por parte dos produtores, tanto no país, como nos EUA, também ajuda na formação desse quadro", destaca o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.

Bolsa de Chicago

Os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento de queda na sessão desta segunda-feira (17). Por volta das 12h31 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 3,50 e 4,00 pontos. O vencimento dezembro/14 era cotado a US$ 3,78 por bushel.

De acordo com informações reportadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, o mercado é pressionado pela perspectiva de avança na colheita do cereal norte-americano. Até a última semana, cerca de 82% da área cultivada com o grão já havia sido colhida, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

"Estimamos que a colheita da safra de milho dos EUA será concluída em meados desta semana e que a colheita da soja já terminou", disseram os analistas do Citigroup Global Markets Inc., em entrevista à Bloomberg. 

Ainda assim, o clima frio permanece como fator positivo ao mercado, segundo destaca o site internacional Farm Futures. Com isso, a expectativa é que os produtores norte-americanos demandem mais milho para a alimentação dos animais. 

Enquanto isso, os investidores ainda aguardam o relatório de embarques semanais do USDA, que será divulgado nesta segunda-feira e é um importante indicativo da demanda. Outro boletim que é esperado pelos participantes do mercado é de acompanhamento de safras, que deverá ser anunciado após o término das operações.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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