Milho: Mercado busca recuperação e opera com leves ganhos na manhã desta 3ª feira

Publicado em 24/02/2015 09:30

No início do pregão desta terça-feira (24), as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras altas. Por volta das 9h20 (horário de Brasília), os contratos da commodity exibiam ganhos entre 1,50 a 2,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,80 por bushel.

As cotações futuras do cereal voltaram a subir após as perdas expressivas registradas no dia anterior, entre 5,75 e 6,50 pontos. Nesta segunda-feira, o mercado recuou frente à valorização do dólar diante de outras moedas, que acabam afetando a competitividade do produto norte-americano nos mercados de exportação, segundo dados do site internacional Farm Futures.

Paralelamente, os embarques semanais do grão ficaram em 900,965 mil toneladas, conforme informações divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana anterior, o número ficou em 724,9 mil toneladas de milho.

Contudo, de acordo com as agências internacionais, apesar do volume mais alto, os investidores estão conscientes de que haverá uma abundância de grãos em todo o mundo. E com o dólar mais forte, a perspectiva é que os grãos para exportação percam a competitividade, especialmente com a chegada da oferta de outras origens, como Brasil e Argentina.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Em dia de realização de lucros, mercado exibe perdas expressivas em Chicago

No pregão desta segunda-feira (23), as cotações futuras do milho terminaram o pregão com perdas expressivas. As principais posições do cereal exibiram quedas entre 5,75 e 6,50 pontos. O vencimento março/15 era cotado a 3,78 por bushel, depois de ter encerrado a sessão anterior a US$ 3,85 por bushel.

Segundo o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, o movimento técnico é reflexo da forte atuação dos fundos no mercado. Além disso, a queda observada nos preços do petróleo, assim como, alta do dólar frente a outras moedas também impactaram as cotações do cereal, uma vez que afetam a demanda pelo produto norte-americano, conforme destacam as agências internacionais de notícias.

Paralelamente, o economista também destaca que, apesar dos embarques semanais ficarem acima das expectativas do mercado, as vendas para o cereal ainda estão lentas. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou os embarques em 900,965 mil toneladas do grão, até a semana encerrada no dia 19 de fevereiro.

O volume ficou acima do reportado na semana anterior, de 724,9 mil toneladas do grão e das expectativas dos participantes do mercado, entre 690 mil a 840 mil toneladas. "Ainda assim, os números estão em linha com o observado no ano passado. E com outras origens com preços mais atrativos, talvez, os EUA possam não cumprir as projeções dos embarques. Há um clima de certo desânimo momentâneo no mercado, o que implica em uma formação negativa aos preços do milho nesse momento", diz Motter.

No total acumulado do ano safra, os embarques somam 17.293,125 milhões de toneladas, frente as 16.955,914 milhões de toneladas acumulados no ano anterior. 

Mercado interno

No mercado interno brasileiro, a segunda-feira foi de preços estáveis, nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Em São Gabriel do Oeste (MS), os preços subiram para R$ 21,00, alta de 5,00%. Já no Porto de Paranaguá, a cotação exibiu leve alta de 1,67%, com a saca negociada a R$ 30,50, para entrega em outubro de 2015.

Ainda de acordo com o economista, o mercado do milho está mais amarrado nesse momento, já que o foco dos produtores está nas exportações da soja. "A safra atual irá depender mais do consumo interno. Mas, com a alta do câmbio poderemos ter melhores oportunidades de exportação. Embora, tenhamos um bom volume de estoques, o produtor já acomodou o volume de safra velha. Nesse momento, a oferta é baixa e o agricultor que já segurou o produto, não quer os atuais patamares de preços praticados, busca níveis mais altos", acredita.

Por outro lado, as exportações brasileiras de milho foram indicadas em 945,2 mil toneladas até a terceira semana de fevereiro. A média diária ficou em 72,7 mil toneladas. O volume representa uma queda de 52,2% em relação ao mês anterior, quando foram embarcadas 3.195,4 milhões de toneladas do grão no mesmo período.

Em comparação com o mesmo período de 2014, o número representa uma alta de 3,68%. As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior. 

BM&F Bovespa

Na BM&F Bovespa, os preços do cereal finalizaram o dia com ligeira desvalorização. As principais posições da commodity exibiram perdas entre 0,33% e 0,61%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 29,34 a saca.

Ao longo dos negócios, as cotações até esboçaram uma reação, no entanto, com a queda do dólar, os preços cederam. E, apesar da leve recuperação do câmbio, os futuros do cereal finalizaram o dia em campo negativo na Bolsa brasileira. Já a moeda norte-americana encerrou a sessão a R$ 2,8792 na venda, com variação positiva de 0,01%, próxima da estabilidade.

Depois de superar o patamar de R$ 2,90, pela primeira vez nos últimos 10 anos, durante essa segunda-feira, o dólar fechou o pregão estável. Cenário reflexo da ação dos exportadores e operações em movimento de realização de lucros após os ganhos acumulados recentemente, conforme dados da agência Reuters.

 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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