Milho: Em Chicago, mercado inicia pregão desta 5ª feira com ligeiros ganhos, próximo da estabilidade

Publicado em 10/09/2015 08:25

Na sessão desta quinta-feira (10), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras altas. Por volta das 8h11 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal registravam ganhos entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,69 por bushel, mesmo patamar registrado no final do pregão anterior.

À espera do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as cotações tentam se manter em campo positivo. Há muitas especulações sobre o próximo relatório do órgão, que será reportado na próxima sexta-feira (11). Isso porque, as consultorias privadas e analistas apostam em uma safra menor do que o indicado pelo departamento em seu último boletim, de 347,64 milhões de toneladas.

Ainda não há relatos oficiais sobre o andamento da colheita do milho, contudo, os trabalhos nos campos já tiveram início em algumas localidades, como o sul de Illinois e Indiana. Até o momento, os relatos vindos dos campos reportam uma produtividade média das lavouras abaixo do projetado pelo USDA, de 178,65 scs/ha.

Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Investidores aguardam números do USDA e mercado fecha em alta pelo 2º dia consecutivo na CBOT

As cotações futuras do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quarta-feira (9) com ligeiros ganhos, próximos da estabilidade. Ao longo das negociações, as principais posições da commodity reduziram as altas e terminaram a sessão com valorizações entre 0,50 e 1,50 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,56 por bushel, mesmo nível registrado no início do dia.

Em meio às especulações para o boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima sexta-feira (11), os investidores ainda buscam um melhor posicionamento. Há muitas incertezas e apostas sobre o real tamanho da safra norte-americana de milho nesta temporada.

A última projeção oficial é de uma produção de 347,64 milhões de toneladas. Contudo, as projeções das consultorias privadas e de analistas acreditam em uma produção menor na safra 2015/16. E, apesar de não haver dados oficiais sobre a colheita, os relatos vindos dos campos americanos já indicam uma queda entre 10% e 30% no rendimento das plantações do cereal em relação ao observado no mesmo período do ano anterior.

De acordo com informações do site internacional Farm Futures, a colheita do cereal já teve início no sul de Illinois e também em Indiana. Já o clima, indica uma redução nas chuvas no Meio-Oeste dos EUA no intervalo de 14 a 18 de setembro. No mesmo período, as temperaturas deverão ficar acima da média, conforme informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.

Enquanto isso, o relatório de acompanhamento de safras do USDA manteve o índice de 68% de lavouras em boas ou excelentes condições. Ainda no boletim, o órgão indicou que cerca de 96% das plantações do milho estão em estágio de enchimento de grãos, em torno de 76% delas estão com o milho dentado e 20% em fase de maturação.

Mercado interno

A sessão desta quarta-feira (9), os preços do milho praticados no mercado interno registraram ligeira alta. Em Ubiratã e Londrina, ambas no Paraná, o ganho foi de 1,85%, com a saca do cereal negociada a R$ 22,00. em São Gabriel do Oeste (MS), a valorização foi de 2,50% e a saca a R$ 20,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade.

Na contramão desse cenário, o preço no porto de Paranaguá registrou leve queda de 1,54%, com a saca para entrega outubro/15 terminou o dia cotada a R$ 32,00. A queda é decorrente da desvalorização do câmbio, que encerrou a quarta-feira a R$ 3,7994 na venda, com queda de 0,51%.

Segundo dados da agência Reuters, a moeda norte-americana foi pressionada pelos investidores que estão mais animados com a China. Também houve movimentos de ajustes após os fortes avanços observados recentemente.

O consultor de mercado da França Junior Consultoria, Flávio França, ressalta que há um descasamento entre os preços praticados nos portos e no interior do país. "Isso é fruto da distorção trazida pelo câmbio, porém, na somatória entre interior e mercado de porto, o saldo ainda é positivo. Mesmo com a pressão da segunda safra, os preços do milho tiveram alguns momentos de recuo, mas já estabilizaram", explica.

Em relação às exportações, o consultor também sinaliza que os embarques deverão se intensificar a partir de setembro. "O que sugere que vendemos bem, participando do mercado internacional. Não temos números oficiais, mas pelo andar da carruagem e pelas nomeações deveremos embarcar entre 25 milhões até 27 milhões de toneladas, especialmente à Europa. Com isso, os estoques poderão ficar abaixo dos 10 milhões de toneladas, o que seria positivo para a formação dos preços", completa.

Paralelamente, as primeiras projeções para a safra de verão já começam a ser observadas pelos participantes do mercado.  Hoje, a Consultoria Céleres informou que a área cultivada com o milho na safra de verão deverá somar 5,89 milhões de hectares, uma redução de 2% em relação à safra passada. A produtividade média deverá ficar próxima de 5,24 t/ha, com isso, a produção deverá totalizar 30,8 milhões de toneladas, queda de 0,3% em comparação com safra 2014/15.

Para a INTL FCStone, a área semeada com o grão na safra de verão deverá ficar em 5,8 milhões de hectares, uma queda de 5,6% em relação ao ano anterior. De acordo com a analista de milho da consultoria, Ana Luiza Lodi, muitos estados estão aumentando a produção da soja, concentrando o cultivo do grão no inverno. “Minas Gerais, por exemplo, que foi líder na produção do cereal no verão, deve plantar mais soja na primeira safra e tem a intenção de aumentar a área de milho na ‘safrinha’”, explica.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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