Milho: Com dados do financeiro e clima favorável nos EUA, mercado amplia perdas nesta 5ª feira em Chicago
Ao longo da sessão desta quinta-feira (16), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 4,00 e 4,50 pontos, por volta das 12h01 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a US$ 4,24 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 4,40 por bushel.
Segundo dados das agências internacionais, os preços recuam em meio às informações vindas do mercado financeiro. O dólar opera em alta no mercado internacional, após o Federal Reserve, banco central norte-americano, ter deixado inalterada a taxa de juros nos EUA. "Porém, a entidade sinalizou que dois aumentos ainda serão possíveis ao longo desse ano", disse Bryce Knorr, editor e analista do portal Farm Futures.
Além disso, a permanência ou não do Reino Unido na Zona do Euro, e de outros países já confirmados, tem deixado os investidores mais cautelosos e com maior aversão ao risco. Paralelamente, outro fator que tem pressionado as cotações, não só de cereral, mas também de outras commodities, é a queda nos preços petróleo, que já superam os 4% na tarde desta quinta-feira.
Adicionado a esse cenário está à melhora climática nos Estados Unidos. "As previsões climáticas foram se tornando mais favoráveis para os grãos nesta semana. Mostrando as temperaturas normais até o dia 25 de junho", reportou o site AgWeb.
Em torno de 75% das lavouras em boas ou excelentes condições, conforme dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado segue atento à fase de polinização do milho, uma das mais importantes para a cultura. Os participantes do mercado observam o comportamento do clima no país.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA trouxe os novos números das vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 9 de junho, as vendas do cereal da safra velha ficaram em 909,7 mil toneladas, sendo 39% menos do que na semana anterior e 36% em relação à media das quatro semanas anteriores.
Apesar do recuo, o número ficou dentro das apostas dos participantes do mercado, 900 mil a 1,2 milhão de toneladas. Da safra 2016/17 temporada norte-americana foram vendidas apenas 178,7 mil toneladas, a maior parte para compradores não revelados, e abaixo do intervalo esperado de 200 mil a 400 mil toneladas.
BM&F Bovespa
Novamente, as cotações futuras do milho operam em campo negativo. Na sessão desta quinta-feira (16), os futuros do cereal registravam perdas entre 0,23% e 1,49%, por volta das 12h06 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a R$ 45,95 a saca, enquanto o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 42,26 a saca.
Além das perdas em Chicago, o avanço da colheita da 2ª safra no Brasil também contribui para pressionar as cotações do cereal. Os analistas ponderam que esse é um movimento natural do mercado. A perspectiva é que sejam colhidas 49,9 milhões de toneladas na safrinha, conforme números oficiais da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
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