Milho: Focado na colheita da 2ª safra, mercado opera em campo positivo na BM&F e set/16 sobe mais de 2%

Publicado em 18/07/2016 12:52

As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,13% e 2,40%, por volta das 12h06 (horário de Brasília). O setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era cotado a R$ 46,85 a saca. Já o novembro/16 era negociado a R$ 48,05 a saca.

Os analistas ponderam que o mercado futuro reflete a situação observada no mercado físico. Isso porque, as cotações voltaram a registrar oscilações positivas mesmo com o avanço da colheita da segunda safra nas principais regiões produtoras do país.

"Dados da Conab e do USDA vêm confirmando as perdas expressivas na produtividade. Com isso, vendedores, que já estavam com baixo interesse em negociar, se retraíram ainda mais, à espera de preço maior", informou o Cepea em seu boletim semanal sobre a cultura.

Ainda de acordo com informações reportadas pelo centro, os produtores têm limitado a oferta de milho no mercado de lotes e deixado a liquidez baixas. Na outra ponta da tabela, os compradores estão mais flexíveis nos preços de compra. Com isso, os negócios são pontuais e em quantidades suficientes apenas para curto e médio prazo.

À medida que a colheita tem avançado, os produtores relatam produtividades abaixo do esperado. Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, importante região produtora em Mato Grosso, o rendimento médio das lavouras deverá ficar entre 80 a 85 sacas do grão por hectare, contra as 100 até 105 sacas do cereal por hectare colhidas em anos anteriores. A perspectiva é que sejam colhidas 43 milhões de toneladas de milho na segunda safra, conforme apontam os números oficiais.

Bolsa de Chicago

Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT) os futuros do milho tentam segurar os ganhos registrados nesse início de semana.  Com isso, por volta das 12h29 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam altas entre 1,00 e 2,25 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,53 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,59 por bushel.

O clima continua sendo o principal fator de direcionamento aos preços no mercado internacional. Isso porque, as lavouras do cereal estão na fase mais importante de desenvolvimento, a polinização. Ainda não se sabe qual será o impacto do clima mais quente e seco nas lavouras previsto para os próximos dias.

Entre os dias 25 a 31 de julho, as temperaturas deverão ficar mais altas no Meio-Oeste dos EUA, conforme previsão do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. No mesmo período, as chuvas deverão ficar abaixo da média, segundo o indicado nos mapas abaixo.

Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 25 a 31 de julho - Fonte: NOAA

Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 25 a 31 de julho - Fonte: NOAA

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 25 a 31 de julho - Fonte: NOAA

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 25 a 31 de julho - Fonte: NOAA

"O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderia manter o índice de lavouras em boas ou excelentes condições na tarde desta segunda-feira", disse Bryce Knorr, editor e analista de mercado da Farm Futures. Até a semana anterior, em torno de 76% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições.

Já os embarques de milho ficaram em 1.327,509 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 14 de julho. O volume ficou ligeiramente abaixo do registrado na semana anterior, de 1.359,886 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo USDA.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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