Clima nos EUA dá suporte e milho registra 4º dia seguido de valorização na Bolsa de Chicago

Publicado em 08/06/2017 18:05

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho subiram pelo 4º dia seguido. As cotações do cereal encerraram a sessão desta quinta-feira (8) com valorizações entre 0,50 e 1,25 pontos. O contrato julho/17 era cotado a US$ 3,85 por bushel, enquanto o setembro/17 trabalhava a US$ 3,93 por bushel. O dezembro/17 terminou o dia a US$ 4,03 por bushel.

De acordo com informações da Reuters Internacional, as cotações do cereal subiram mais uma vez e se mantiveram nos patamares mais altos do último ano. Em meio às previsões climáticas que indicam um clima mais quente no Corn Belt, os fundos de investimento voltaram a comprar posições vendidas.

"O tempo continua a alimentar o fogo nos mercados de grãos à medida que as condições secas e quentes persistem em Dakotas e Montana", destacou CHS Hedging, ao Agrimoney.com. "Os mapas mostram déficit de chuvas nas Dakotas, Minnesota, Nebraska, Iowa, Missouri, Wisconsin e Illinois nas próximas duas semanas", reportou Tregg Cronin, da Halo Commodity Company, ainda em entrevista ao site internacional.

Conforme levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o início da semana, cerca de 68% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições. Na semana anterior, o número estava em 65%.

Já as vendas semanais de milho ficaram em 476,6 mil toneladas de milho na semana encerrada no dia 1 de junho. Do total, 348,6 mil toneladas são da safra 2016/17 e o restante, de 128 mil toneladas, da temporada 2017/18. O volume indicado pelo USDA ficou levemente abaixo do esperado pelos investidores, de 500 a 700 mil toneladas do cereal.

Os participantes do mercado ainda se preparam para o novo boletim de oferta e demanda do USDA. O relatório será divulgado nesta sexta-feira (9).

Mercado brasileiro

A quinta-feira foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a cotação cedeu 4,35% no Oeste da Bahia e terminou o dia a R$ 22,00. Em contrapartida, o valor subiu 1,92% em Castro (PR), com a saca negociada a R$ 26,50. Já no Porto de Paranaguá, o preço futuro subiu 1,72%, com a saca a R$ 29,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu 2,70%, com a saca a R$ 19,00. Na região de Alto Garças, também no estado mato-grossense, o ganho ficou em 2,70%, com a a saca a R$ 19,00.

As cotações continuam sendo pressionadas negativamente pela chegada da safrinha no mercado, de acordo com os analistas. Ainda assim, o clima no Meio-Oeste americano e também no Brasil continua no radar dos participantes do mercado, assim como, o comportamento cambial.

Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou mais três operações de apoio à comercialização do cereal. Novamente, todos os contratos de opção ofertados, 7,4 mil contratos, foram arrematados. No leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural), o volume negociado ficou em 73,70% do total ofertado, de 800 mil toneladas.

Já o leilão de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto) negociou 267 mil toneladas, o equivalente a 80,91% do total ofertado, de 330 mil toneladas. Todas as medidas contemplam o milho produzido no estado de Mato Grosso.

Enquanto isso, na BM&F Bovespa a quinta-feira foi de leves movimentações aos preços do milho. As principais posições do cereal testaram ligeiras valorizações, entre 0,17% e 0,36%. O julho/17 era negociado a R$ 26,65 a saca e o setembro/17, referência para a safrinha, a R$ 27,50 a saca. O novembro/17 finalizou o dia a R$ 28,20 a saca.

Apesar dos ganhos registrados na Bolsa de Chicago, o dólar, outro importante componente na composição dos preços recuou nesta quinta-feira. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2652 na venda, com perda de 0,21%.

O câmbio inverteu a tendência após a percepção de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode não cassar o presidente Michel Temer. Segundo a Reuters, "o cenário pode dar fôlego às reformas em andamento no Congresso Nacional".

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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