Em meio à perspectiva de chuvas no Meio-Oeste, milho recua mais de 2% em Chicago nesta 2ª feira

Publicado em 19/06/2017 17:56

A sessão desta segunda-feira (19) foi negativa aos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as quedas ao longo do dia e finalizaram o pregão com perdas de mais de 8 pontos e uma desvalorização de mais de 2%. O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,83 por bushel, já o dezembro/17 operava a US$ 3,93 por bushel.

Mais uma vez, as previsões climáticas direcionaram os preços do cereal no mercado internacional. "As cotações caíram diante das previsões de clima benigno no Meio-Oeste americano, enquanto a cultura se aproxima da fase de polinização, uma das mais importantes no desenvolvimento do milho", destacou a Reuters Internacional.

Em entrevista ao Agrimoney.com, o analista internacional, Richard Feltes, da RJ O'Brien, reforçou que "o tempo se inclina negativo para os preços, com um tom mais frio para as temperaturas dos EUA e dois terços do Meio-Oeste, com chuvas previstas para a próxima semana".

De acordo com a última atualização do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, o Corn Belt terá temperaturas dentro da normalidade e, em algumas localidades, abaixo da média.

Temperaturas previstas no Meio-Oeste dos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA

Temperaturas previstas no Meio-Oeste dos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA

Já as chuvas, importantes estados, como Iowa e Illinois, terão volumes acumulados acima da normalidade. Nos últimos dias, as previsões climáticas, que apontavam para um clima mais quente e seco, impulsionaram as cotações do cereal.

Chuvas previstas no Meio-Oeste dos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA

Chuvas previstas no Meio-Oeste dos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA

No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve em 67% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. O mercado esperava que houvesse uma melhora no percentual. Cerca de 25% das lavouras apresentam condições medianas e 8% têm condições ruins ou muito ruins.

Do lado positivo, o departamento americano indicou os embarques semanais de milho 1.218,738 milhão de toneladas do cereal na semana encerrada no dia 15 de junho. O número ficou acima do registrado na semana anterior, de 1.072,708 milhão de toneladas. Os dados foram divulgados pelo USDA.

Mercado brasileiro

O início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Alto Garças (MT), o preço caiu 7,37%, com a saca a R$ 17,60. Em Itiquira, ainda no estado mato-grossense, a desvalorização ficou em 6,42%, com a saca do cereal a R$ 17,50.

Na região de Rio do Sul (SC), o preço caiu 6,25%, com a saca a R$ 22,50. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a perda ficou em 2,63%, com a saca do milho a R$ 18,50. No Porto de Paranaguá, a saca futura recuou 1,72% nesta segunda-feira e fechou o dia a R$ 28,50. No Oeste da Bahia, o valor subiu 2,22%, com a saca a R$ 23,00. E em Ponta Grossa (PR), o ganho foi de 2,00%, com a saca a R$ 25,50.

Segundo dados divulgados pelo Cepea, a retração vendedora ainda tem sustentado as cotações de milho no mercado interno. "Assim, conforme relatos de colaboradores do Cepea, compradores que têm necessidade de entregas imediatas acabam elevando os preços ofertados", informou.

Ainda assim, a comercialização do milho permanece limitada em função da entrada da safrinha de milho no mercado. "E também da preferência de vendedores pela exportação", reforçou o Cepea. Conforme levantamento da Safras & Mercado, até a última sexta-feira, em torno de 5,4% da área semeada nesta temporada havia sido colhida. No mesmo período do ano anterior, a colheita estava completa em 8,2%.

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, os preços futuros do milho apresentaram ligeiras quedas no pregão desta segunda-feira. As principais posições do cereal recuaram entre 0,35% e 0,83%. O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,85 a saca e o novembro/17 era negociado a R$ 27,50 a saca.

As cotações foram influenciadas pela queda acentuada registrada no mercado internacional. Já o dólar fechou o dia a R$ 3,2849 na venda, com ligeira queda de 0,07%. A Reuters reportou que os investidores permanecem atentos à cena política no Brasil.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário